O cuidado do meio
ambiente, da casa comum, que nos fala o Papa Francisco é um desafio inadiável.
Estamos vivendo o Tempo da Criação, um momento em que somos chamados pelo Papa
Francisco a que “como seguidores de Cristo no nosso caminho sinodal comum,
vivamos, trabalhemos e rezemos para que a nossa casa comum seja novamente
repleta de vida.”
A Igreja do nosso
Regional está refletindo no Seminário de Ecoteologia que acontece de 13 a 15 de
setembro, sobre o meio ambiente, e assim ajudar os estudantes de Teologia, que
devem ter um papel importante nas comunidades amazônicas no futuro, mas também
a lideranças comunitárias e agentes de pastoral, a entender a necessidade de
aprofundar no conhecimento de tudo aquilo que faz referência ao cuidado da
Criação, um elemento fundamental para garantir a vida na região, mas também no
Planeta.
A falta de cuidado
com o meio ambiente é uma atitude presente em muitas pessoas. Manaus é um claro
exemplo disso, que se concretiza no acúmulo de lixo nas ruas, na poluição dos
rios e igarapés, que deixaram de ser fonte de vida para se tornar foco de
doenças, nas queimadas e deflorestação e em tantos atentados com os quais nos
deparamos na vida do dia a dia em nossa Amazônia.
Como homens e
mulheres de fé, qual é nossa atitude diante da Criação? Até que ponto nós
assumimos o chamado que o Papa Francisco nos faz a ter a ecologia integral como
elemento norteador em nossa vida de fé? Qual nossa atitude como batizados, mas
também como comunidade cristã, como Igreja, diante da crise ecológica que está
vivendo a Amazônia e o Planeta?
Ficar de braços
cruzados, se fazer os desentendidos nunca pode ser o caminho a seguir. O
cuidado do Planeta exige um compromisso sério de parte da sociedade, ainda mais
daqueles que dizemos acreditar no Deus Criador, fonte de vida para toda a
humanidade. Nosso silencio, nossa apatia, contribui para que a situação piore e
o Planeta e aqueles que o habitam, especialmente os mais pobres, sofram cada
dia mais.
Somos chamados a
pensar, a sentir a necessidade de aprender a cuidar, especialmente com os povos
indígenas, mestres em ecologia integral. Suas cosmovisões e espiritualidades,
sustentadas no cuidado, nos ajudam a dar passos diante desse chamado, que
nascido da fé no Deus Criador, tem que nos levar a entender que a vida tem que
ser sempre preservada, uma vida que se faz presente não só na espécie humana,
mas em tudo aquilo que faz parte da Criação.
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