Um sinal de
maturidade na Igreja católica é que ela se torne missionária, que tenha a
capacidade de levar a Boa Nova do Evangelho até os confins do mundo. O 5º
Congresso Missionário Nacional, realizado em Manaus de 10 a 15 de novembro, com
a presença de representantes de todos os cantos do Brasil pode nos ajudar a
entender que a Igreja da Amazônia é uma Igreja Missionária, que sua vivência do
Evangelho ilumina a vida da Igreja até os confins do mundo.
Uma Igreja
viva, que desde a periferia do mundo e da Igreja vai iluminando toda a Igreja,
todas as igrejas, a vida de todos os batizados e batizadas. E vai fazendo isso
iluminando a vida dos outros com aquilo que faz parte de sua vida cotidiana, da
vivência de suas comunidades. Uma Igreja que mesmo nas dificuldades pelas que
passa encanta àqueles que a conhecem e entendem seu modo de fazer carne o
Evangelho.
Ao longo do
5º Congresso Missionário Nacional as vozes da Amazônia foram testemunhando como
nos rios, nas matas, nos povos e comunidades da região foi se fazendo vida, se
fazendo fruto a semente do Verbo que foi germinando secularmente no cotidiano
da existência e da vivência da fé e das espiritualidades, nas pessoas, mas
sobretudo nas comunidades amazônicas.
Agora o
grande desafio é sermos uma Igreja ainda mais missionária, sem medo de sair ao
encontro das sementes de Deus na vida do povo, umas sementes que estão próximas
de nós, mas também distantes, além-fronteiras. Uma Igreja que sente esse
chamado como algo comum, algo que faz parte da vida de todos e todas. Aqueles e
aquelas que vão anunciar, fazem isso em nome de uma Igreja que envia, uma
Igreja que se sente responsável por uma missão que por nascer de Deus Trindade,
ela é comunitária.
Uma Igreja
que dá frutos e os oferece à Igreja, frutos concretos que se manifestam nos
três bispos da Igreja da Amazônia nomeados recentemente para servir à Igreja da
Amazônia, motivo de grande alegria para muitos. Um sinal de maturidade, que tem
sido alcançada com o compromisso de muitos e muitas, de gente chegada de fora,
que aos poucos foi convertendo seu coração, fazendo-o amazônico, e de gente
nascida neste chão que foi recolhendo a espiritualidade de seus ancestrais, mas
também deixou se iluminar por quem tinha feito opção pela Amazônia.
Agora é tempo
de olhar o futuro com esperança, de uma esperança que vem de Deus e vai se
fraguando na vida do povo. Somos chamados a continuar caminhando, construindo,
concretizando, aqui e agora o Evangelho sempre antigo e sempre novo, carregado
de Tradição e de novidade, de vida plena para todas e todos aqueles que se
deixam interpelar por ele. A missão é ajudar àqueles que nunca fizeram isso a
se deixar interpelar pelo Deus encarnado em todo tempo e em todo espaço.
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