quarta-feira, 6 de março de 2024

Missão na paróquia indígena de Belém do Solimões pelos 115 anos de presença capuchinha no Amazonas e Roraima


A Custódia dos Frades Capuchinhos no Amazonas e Roraima, que estão completando 115 anos de presença na região, está celebrando seu Ano Missionário. Uma oportunidade “para fazermos memória dos nossos antepassados, daqueles que nos precederam no carisma franciscano-capuchinho” e junto com isso “nos envolver para uma reanimação missionária”, segundo expressou Frei Mário Ivon Ribeiro, superior da Custódia do Amazonas e Roraima, em carta aos confrades.

Segundo o frade, o trabalho missionário dos capuchinhos ao longo de mais de 100 anos, “navegando dias ao longo dos rios, levando assistência espiritual e social à população”, considerando que essa presença “foi vital para a formação e desenvolvimento das comunidades”, buscando a promoção da vida humana, servindo “como enfermeiro, engenheiro, arquiteto, atleta, músico, professor”, produzindo um encontro intercultural em busca de “uma evangelização que abandona os horizontes do ‘civilizar-se’ e tornando-se promoção humana”.

A missão iniciada por missionários italianos da Provincia Capuchinha da Úmbria, hoje é continuada e animada por frades nascidos na região, “com o rosto de uma Igreja amazônica”, segundo o superior. Ele insistiu em ver o Ano Celebrativo Missionário como momento para “nos lembrar, antes de tudo, da nossa vocação missionária”.



10 frades participam de 1º a 10 de março de 2024 na paróquia São Francisco de Assis de Belém do Solimões, diocese de Alto Solimões da Missão Capuchinha. A missão acontece numa área indígena que contempla essa presença dos capuchinhos e que consolida também a permanência dos frades, segundo frei Paulo Xavier Ribeiro.

O frade destacou que “nós ficamos e continuamos a evangelização, o testemunho do projeto de Deus a partir da realidade simples, conduzindo a nossa vida a partir dos sonhos que a Querida Amazônia expressa nas palavras do Papa Francisco, um sonho  social, um sonho cultural, um sonho que pode nos ajudar a consolidar sempre mais a vida dentro dessa dimensão da ecologia, e sobretudo reconhecer que como Igreja, nós podemos sonhar com uma Igreja da simplicidade, uma Igreja da humildade, uma Igreja a partir dos povos originários”.

“Essa dimensão nos ajuda a compreender que com esse impulso, nós vamos continuar a testemunhar a nossa vida de frades capuchinhos, aqui no Amazonas e Roraima, favorecendo sempre esse encontro com a cultura, com os povos, com os costumes, com a vida do povo e vivendo a partir daquilo que é a vocação dos franciscanos capuchinhos, nos exercitando nesse caminho de ser uma Igreja de comunhão, uma Igreja de participação, uma Igreja missionária”, enfatizou o frade capuchinho.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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