Feliz de
poder participar da Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, o bispo da diocese de Parintins, dom José Albuquerque de Araújo vê esse
momento como oportunidade que “nos ajuda a compreender que significa nosso ministério,
e nessa diversidade, nessa pluralidade, nesta comunhão, que acontece aqui
durante toda a assembleia é que louvo a Deus pelo fato de poder ajudar, não só
na minha diocese, não só no meu Regional, mas também a Igreja que está no
Brasil”.
O bispo de
Parintins ressalta que “cada vez mais, as nossas assembleias se destacam por
essa fraternidade, por esse ambiente de corresponsabilidade”. Ele destaca que “é
bonito perceber que somos ajudados pelos assessores, padres, religiosos e
leigos, que mostram esse rosto tão diverso, tão bonito, tão carismático da
nossa Igreja”. Dom José Albuquerque percebe que “mesmo sendo uma agenda muito extensa,
com temas importantíssimos, mas o nosso papel é trazer aqui presente a vida, as
alegrias, as conquistas que nós estamos vivenciando nas nossas dioceses, na
nossa querida Amazônia, e nessa comunhão a gente pode compartilhar o fato de
ser chamado a ser pastor deste povo que tem tanta esperança desses momentos em
que os bispos se encontram para celebrar, para rezar juntos e para poder se
ajudar mutuamente”.
Falando sobre
as Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil, tema principal da
61ª Assembleia Geral da CNBB, que acontece em Aparecida (SP) de 10 a 19 de abril
de 2024, e a formação dos futuros presbíteros, o bispo referencial da Pastoral Vocacional
no Regional Norte1 e membro da Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida
Consagrada da CNBB, lembra que “nós estamos já colhendo os frutos do 3º Ano
Vocacional do Brasil, que aconteceu no ano passado, e a nossa comissão, assim
como a preocupação de toda a assembleia dos bispos, esse tema da formação dos
futuros presbíteros, também a formação permanente dos que já são presbíteros,
esses temas são recorrentes, sempre tem um destaque especial”.
Nesse
sentido, o bispo insiste em que “precisamos formar bem e acompanhar aqueles que
já são ordenados”, um caminho em que os passos estão sendo dados. Segundo Dom
José Albuquerque, “o debate, a conversa, a escuta, tem nos ajudado a compreender
e reconhecer a importância de estarmos cada vez mais próximos, seja nos
seminários, com nossos seminaristas, seja em nossos presbitérios, com os nossos
padres, de modo especial com os padres novos”.
Dom José Albuquerque
faz um chamado a “combater o grande perigo do clericalismo, e é interessante perceber
que o clericalismo não está apenas na mente dos padres, dos bispos, dos diáconos,
mas também na mente do povo, dos nossos leigos”. Diante dessa realidade, ele
destaca como importante “ir por esse caminho da comunhão sinodal, onde todos
nós somos chamados a sermos participantes desse processo de escuta, levando em
conta tudo aquilo que estamos refletindo a partir do Magistério do Papa Francisco
e também dos conteúdos das nossas assembleias”.
“As
Diretrizes para a Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil vão estar sim em
sintonia com tudo aquilo que estamos refletindo no Sínodo sobre a Sinodalidade”,
enfatizou o bispo de Parintins. Ele diz pensar que “a partir dessas diretrizes,
nós estamos fazendo esse processo de revisar, de atualizar as Diretrizes para a
Formação dos Presbíteros no Brasil, que seria o próximo passo, porque as
diretrizes atuais estavam em tempo de experimento e esse tempo já terminou”.
Então,
afirma dom José Albuquerque, “estamos aguardando as Diretrizes Gerais para
também podermos adaptar aquilo que o Sínodo sobre a Sinodalidade e a nossa
Assembleia desde o ano passado, estamos refletindo sobre o que precisamos avançar”.
O bispo de Parintins destacou que “temos muitas esperanças, a gente sabe que
esse processo, ele é lento e é bom que seja assim, para a gente poder
escutar e nos deixarmos conduzir pelo Espírito Santo, porque ele que é o grande
protagonista da evangelização”.
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