As Pastorais Sociais do Regional Norte 1 – Amazonas e Roraima estiveram reunidas em Manaus, no período de 13 a 16 de junho, na 3ª. edição do Seminário para debater diversas temáticas pertinentes, tais como Desafios para as Pastorais Sociais, Políticas Públicas, Sínodo para Amazônia – processo de escuta e síntese do processo, causas comuns do regional, proposta de criação de uma Comissão de Justiça e Paz local, Grito dos Excluídos 2019 e Semana Social Brasileira.
Conforme afirma Dom Adolfo Zon, bispo da Diocese do Alto
Solimões e referencial para as Pastorais Sociais no Regional Norte 1, este
encontro das Pastorais Sociais tem acontecido todo os anos na intenção de reunir
as pastorais sociais do Regional Norte 1 e firmar seus objetivos de forma que
possam trabalhar com unidade a dimensão sócio-transformadora da fé.
“Este ano trabalhamos várias temáticas, dando continuidade
ao que tratamos no ano passado que é a temática da Campanha da Fraternidade, as
Políticas Públicas e fizemos umas rodas
de conversas sobre algumas políticas públicas.
Também falamos da 6ª Semana Social Brasileira e pensamos algumas
propostas para enviar ao nacional e contribuir com o processo de preparação
deste evento. Também vimos como criar a comissão de justiça e paz aqui no
Regional Norte 1. Tudo em torno do objetivo de reunirmos, nos articularmos e,
sobretudo, para manifestar o nosso jeito de fazer a dimensão sócio-transformadora
da fé”, afirmou Dom Adolfo, ressaltando ainda a beleza de como o trabalho social
ajuda a viver a experiência do Deus que é cáritas, comunhão e amor, e que as pastorais
sociais devem mediar esta comunhão celeste para que ela possa ser vivida aqui
na terra, respondendo à vocação principal do ser humano que é o amor e a
comunhão.
Rodas de Conversas sobre
Saúde Pública
Os participantes se debruçaram sobre cinco áreas que precisam de melhorias ou criação de novas políticas públicas: Indígenas, Segurança Pública, Socioambiental, Educação e Saúde. A atividade permitiu um exercício de pensar nas fragilidades e desafios de cada uma delas e propor o que poderia ser desenvolvido em nível de políticas públicas.
Segundo Dom Adolfo, se quisermos praticar a caridade sem mediação
política, a caridade fica apenas sendo uma ideologia, uma idéia. Para que de
fato aconteça, são necessárias mediações
e a igreja tem agido neste campo, onde é preciso atuar com criatividade e
eficácia. Ela é resultado de três elementos: lei, instituições e atividade
política através dos grupos organizados da sociedade civil e partidos
políticos. “Se queremos levar para frente a caridade, temos que encontrar a
mediação certa e a política é uma delas. O Papa Paulo VI falou que a atividade
política é uma as maiores ações de caridade e nós cristãos devemos saber usá-la,
conhecer a sua natureza e suas técnicas para praticá-las. Caridade sem política
é caridade platônica”, destacou o bispo referencial para as pastorais sociais
no Regional Norte 1. Os participantes se debruçaram sobre cinco áreas que precisam de melhorias ou criação de novas políticas públicas: Indígenas, Segurança Pública, Socioambiental, Educação e Saúde. A atividade permitiu um exercício de pensar nas fragilidades e desafios de cada uma delas e propor o que poderia ser desenvolvido em nível de políticas públicas.
Por Ana Paula Lourenço - Pascom Regional Norte 1 - AM/RR
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