A Pastoral do Migrante do Regional Norte 1 da da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), realizou de 30 de agosto a 1 de setembro, no Centro de Treinamento Maromba, o Seminário Migração e Políticas Públicas, com o tema “Acolher, Proteger, Promover, Integrar e Celebrar. A luta é todo dia!”. Estiveram no evento representantes das dioceses e prelazias do Regional Norte 1 e Dom Mário Antônio, bispo da Diocese de Roraima e segundo vice-presidente da CNBB; e Dom Edson Damian, bispo de São Gabriel da Cachoeira e presidente do Regional Norte 1.
Na oportunidade, houve a apresentação sobre o contexto da migração dentro dos estados de Amazonas e Roraima; discussão sobre a necessidade de políticas públicas migratórias; reflexão a mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado 2019 que será celebrado no dia 29 de setembro de 2019 - “Não se trata apenas de migrantes”, onde propõe uma globalização da solidariedade e da acolhida daqueles que necessitam sair de sua cidade, seu país em busca de sobrevivência; mapeamento da realidade migratória em cada diocese e prelazia dentro do Regional Norte 1; e propostas para caminhos que ajudem a fortalecer o Serviço Pastoral do Migrante em âmbito regional, a partir do que propõe a Encíclica Laudato Si, no que consiste em valorizar e proteger a vida.
O bispo da Diocese de São Gabriel da Cachoeira e presidente do Regional Norte 1 – Amazonas e Roraima, Dom Edson Damian, em total apoio a essa iniciativa esteve presente no seminário e acredita ser um passo importante para estruturar o trabalho que tem sido tão urgente diante do fluxo migratório ocorrido nos últimos anos. “O nosso Norte 1 está feliz e agradecido pelas pessoas que articularam esse seminário, porque o nosso regional vive um momento dramático com esta migração de milhares de irmãos venezuelanos que entram por Roraima, chegam à Manaus e vão se espalhando pela nossa região. O clamor, o grito, a dor, a miséria de nossos irmãos abriu o nosso coração e a nossa mente para assumirmos pra valer a Pastoral do Migrante no Regional Norte 1. É uma das causas comuns que assumimos na última assembleia geral. Agradeço de coração a equipe que veio aqui, com pessoas muito preparadas e que nos motivaram profundamente para levar adiante esta pastoral e a mensagem do Papa Francisco não pode ser mais evangélica, mais questionadora e mais motivadora para que todos nós abramos os nossos corações como bons samaritanos para acolher, integrar, promover e amar profundamente os nossos irmãos migrantes que vão chegando por aqui”, afirmou Dom Edson Damian.
A coordenadora da Pastoral do Migrante na Arquidiocese de Manaus e no Regional Norte 1, Rosana Nascimento, afirma ter o objetivo de que, a partir desse seminário, seja possível identificar os serviços existentes em cada diocese e prelazia e dar o apoio para que se estruturem como Pastoral do Migrante e articular as equipes e as ações. “O objetivo é conseguir identificar através das falas deles sobre o que fazem, para a gente fazer esse mapeamento e aí pensar e planejar o que nós da CNBB Regional Norte 1 podemos fazer para articular com as equipes que estão lá nesses locais. Tivemos a presença do Roberto Saraiva, da coordenação nacional, para ver o que temos e a partir do próximo ano a gente consiga incluir essas pequenas ações que acontecem no plano do nosso regional. Também conseguimos captar pessoas da Arquidiocese de Manaus pois temos o desafio de ampliar a Pastoral do Migrante, formando equipes nas paróquias. É uma sementinha que estamos lançando, esperando bons frutos”, afirmou Rosana.
Roberto Saraiva, da equipe nacional do Serviço Pastoral do Migrante, esteve em Manaus, neste seminário, para conhecer a realidade local e dar o apoio necessário para a articulação desta pastoral no regional. “A região amazônica é um lugar muito visado pelo mundo inteiro por sua importância e trabalhar esta pastoral é muito importante. Este é o momento ímpar para que se possa discutir a ampliação da Pastoral do Migrante, sempre ligada às realidades locais, com suas dinâmicas diferentes, mas que visam uma ação conjunta com a igreja do Brasil, levando em conta as diversidades, reforçando o que o Papa nos diz: tudo está interligado”, destacou Roberto.
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