A pandemia da Covid-19
está se tornando um foco de morte e desolação em muitos lugares do mundo. Um
deles é a Pan-Amazônia, uma região que ao longo da história tem sido atingida
por diferentes pandemias, sempre chegadas de fora. Os números da Covid-19 são
assustadores, como mostra o último informe da Rede Eclesial Pan-Amazônica –
REPAM, com data de 11 de janeiro de 2021.
Segundo os números recolhidos pela REPAM, já são 1.715.410 contagiados na Pan-Amazônia e 40.320
falecidos. Mesmo sendo números altos, existe a suspeita de uma alta subnotificação.
Na região amazônica a vacina ainda não está sendo aplicada, o que eleva o risco
numa população, especialmente os povos originários, com baixa imunidade diante
de doenças chegadas de fora. Junto com isso, o sistema de saúde na região é
altamente precário, o que exige uma maior atenção por parte dos diferentes
estados, que na maioria dos casos não está sendo dada.
No caso do Regional Norte
1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o mais atingido pela doença em
toda a Pan-Amazônia, o número de contagiados é de 258.768 e 6.230 falecidos,
numa população que não chega em 5 milhões de pessoas. Manaus é a circunscrição
eclesiástica com o número mais elevado de contágios e falecidos, com 104.405 contagiados
e 3.919 falecidos, segundo números oficiais da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. Esses números têm aumentado
exponencialmente desde o início do ano, o que levou a arquidiocese de Manaus a
suspender as celebrações e encontros até o próximo dia 22 de janeiro.
Diante dessa realidade, a
vacina se apresenta como uma necessidade cada vez mais urgente, ainda mais na
região amazônica. Nesse sentido, vários episcopados que fazem parte da
Pan-Amazônia têm se posicionado exigindo planos de vacinação urgentes. Em sua
mensagem de Ano Novo, o presidente do Conselho Episcopal Latino-americano
(CELAM), e da Conferência Episcopal Peruana, Dom Miguel Cabrejos, afirmava que “a
esperança do acesso à vacina para todos é uma necessidade urgente e uma exigência
de todos os setores da sociedade”, palavras que a cada dia que passa cobram
maior urgência.
No mesmo sentido tem se pronunciado a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, a través da sua presidência. Dom Walmor
Oliveira de Azevedo tem insistido em que “é urgente
cobrarmos celeridade dos nossos governantes para o início da campanha de
vacinação”. Diante de tantas notícias falsas sobre a vacina, o presidente do
episcopado brasileiro faz um chamado a não nos deixar enganar, insistindo em
que “as vacinas, antes de chegar na população, são amplamente testadas por
variadas equipes de cientistas independentes, sem compromissos
ideológico-partidários”.
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