terça-feira, 24 de agosto de 2021

Organizações, movimentos sociais e pastorais de Roraima mostram apoio aos povos indígenas na defesa dos territórios e luta por direitos


Numa nota elaborada pelos participantes do Seminário virtual da 6ª Semana Social Brasileira, em Roraima, com o tema “Mutirão pela vida: por Terra, Teto e Trabalho”, os membros das organizações, movimentos sociais e entidades pastorais, reunidos entre os dias 20 e 22 de agosto de 2021, manifestam sua solidariedade com os povos indígenas de Roraima e de todo o Brasil em sua luta pela defesa dos territórios e dos direitos coletivos conquistados na Constituição Federal de 1988.

O texto mostra preocupação e indignação diante do acontecido “dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, quando um comboio ostensivo da Polícia Militar, com reforços das equipes de BOPE, desativou um Posto de Vigilância da comunidade indígena que tinha por objetivo evitar a entrada de apoios e mantimentos para o garimpo ilegal que está acontecendo na região”.

O problema na região, denuncia a nota, “é a presença do garimpo ilegal e a entrada de bebidas alcoólicas”, defendendo o direito dos povos indígenas de “cuidar e impedir qualquer atividade ilícita dentro de seus territórios”. Também é denunciado que o Estado não cumpre com sua “obrigação constitucional de proteger as terras indígenas”, e tem se tornado conivente contra os interesses das comunidades indígenas.

O garimpo atinge a vida da população de Roraima, obrigada a consumir água poluída, afirma o texto, que mostra seu apoio e solidariedade à mobilização dos povos indígenas no Acampamento Luta pela Vida, buscando evitar os projetos que alteram a demarcação das terras indígenas, e abrir os territórios indígenas à mineração. Diante disso expressam sua confiança no Supremo Tribunal Federal para que preserve a Constituição Federal de 1988. Finalmente lembraram a memória da Irmã Telma Lage, “defensora incansável dos direitos humanos”, e reafirmaram seu compromisso “por defender um país mais justo e plural, onde os direitos fundamentais sejam garantidos para todos”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1



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