Uma história que se
repete, assim pode ser vista a Palavra de Deus, segundo lembrava Dom José
Ionilton Lisboa de Oliveira na homilia do 25º Domingo do Tempo Comum, ao
comentar o texto do Livro da Sabedoria, onde diz: “Os ímpios dizem: Armemos
ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda”.
Segundo o bispo da
Prelazia de Itacoatiara, “alguém que trabalha pelo bem comum, pela justiça,
pela paz, pela defesa da natureza, pela defesa dos povos indígenas, dos
quilombolas, dos ribeirinhos, dos pobres, excluídos, marginalizados, incomoda e
se arquitetam planos para fazerem calar quem age assim”.
Uma situação relatada no
Salmo: “Contra mim orgulhosos se insurgem e violentos perseguem-me a vida”. Dom
Ionilton lembrava “quantos cristãos e cristãs, lideranças de comunidades,
pastorais, organismos, movimentos populares, ONGs, Sindicatos viveram e vivem
experiências assim como o Salmista reza”.
O Salmo diz: “quem me protege e me ampara é meu Deus”, algo que segundo o bispo é “verdade, mas Deus quer se utilizar de nós para ampara estas pessoas”. Daí, ele questionava “o que estamos fazendo ou o que poderemos fazer? Vamos nos dispor a ajudar a Deus?”. Ele fazia um convite: “doe um pouco de seu tempo às pastorais sociais, carcerária, saúde, criança, aids, pessoa idosa, pastoral da terra e organismos caritas, rede um grito pela vida!”
Comentando a Carta de
Tiago, o bispo questionava se “estamos promovendo a paz, fruto da
justiça?”, afirmando que “a política existe para promover o bem comum, o bem de
todas as pessoas”. Ele lembrava o chamado do Papa Francisco à melhor política
no capítulo V da encíclica Fratelli Tutti. Isso nos compromete a “viver esta
melhor política, promover o bem comum e jamais ser ou ajudar a fazer da
política um espaço meramente de busca do poder, de disputa de cargos e
empregos, de favorecimento a grupos de pessoas, família, partido, empresários,
banqueiros”.
No Evangelho de Marcos,
Jesus, “leva os discípulos para serem andantes e missionários”, algo que deve
nos questionar hoje. Em vista do Mês Missionário, a ser celebrado em outubro,
lembrava o que vai ser realizado na Prelazia nesse tempo. Ele se perguntou se “ficamos
calados, com medo, como os discípulos ou buscamos ajuda da Igreja para
compreendermos mais e melhor aos ensinamentos de Jesus?”.
Partindo da briga pelo
poder entre os discípulos, Dom Ionilton insistiu em que “Jesus ensina de forma
aberta e firme que o caminho de nossa fé cristã, passa,
necessariamente, pelo serviço”, algo que ele mesmo assumiu. Por isso, perguntou:
“Estamos servindo? Como estamos servindo? A quem estamos servindo?”.
Jesus indica a quem
devemos servir: famintos, sedentos, nus, presos, enfermos, estrangeiros...,
segundo o bispo. Ele disse que “esta lista precisa ser atualizada sempre dentro
do contexto que vivemos”. Se referindo ao Documento de Aparecida, Dom Ionilton
relatou que lá se faz uma lista nova: “Comunidades indígenas e afro-americanas,
mulheres excluídas, jovens, quem sobrevive na economia informal, meninos e
meninas submetidos à prostituição infantil, pessoas e famílias que vivem na
miséria, dependentes químicos, pessoas com limitações físicas, portadores de
enfermidades graves, sequestrados, vítimas da violência, do terrorismo, de
conflitos armados e da insegurança na cidade, anciãos que, excluídos do sistema
produtivo, recusados por sua família como pessoas incômodas e inúteis.
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