Uma missa no Santuário de Nossa Senhora da Piedade,
padroeira de Minas Gerais, presidida por Dom Walmor Oliveira de Azevedo, deu
início neste 1º de setembro ao Mês da Bíblia, que está completando 50 anos. Ao
longo do dia está programado atos em todo o país para comemorar uma caminhada
iniciada em 1971.
Nesse tempo, a Igreja no Brasil tem vivenciado o Mês
da Bíblia como um momento importante na vida da Igreja, buscando “anunciar a
Palavra de Deus e a beleza de fazer ecoar no coração dos ouvintes a Palavra que
renova e impulsiona à missão”, segundo recolhe o site da Conferência Nacional
dos Bispos do Brasil (CNBB). Podemos dizer que foi um dos frutos do Concílio
Vaticano II, buscando aprofundar e vivenciar a Palavra, sendo proposto o estudo
de um dos livros da Bíblia para cada ano.
Querendo fomentar a presença bíblica na vida das
comunidades, ao longo desses 50 anos, tem sido criados subsídios bíblicos nas
diferentes formas de comunicação, buscando assim facilitar o diálogo criativo e
transformador entre a Palavra, a pessoa e as comunidades. Ao longo do mês de
setembro, até a festa de São Jerónimo, o tradutor da Bíblia hebraico para o
latim, facilitando assim o acesso aos textos sagrados, a Igreja do Brasil, como
já é tradição, está chamada a aprofundar no conhecimento da Palavra de Deus.
O presidente da CNBB lembrou a importância do Concilio
Vaticano II e da Dei Verbum, que colocou a Palavra de Deus em primeiro lugar,
superando uma distância de séculos da Igreja com a Palavra de Deus. O arcebispo
fez um chamado a descobrir a importância da Palavra de Deus, lembrando isso no
início da Semana da Pátria, momento em que “nós somos chamados a pensar de modo
muito profundo, sério e comprometido sobre a nação brasileira que nós formamos,
exigidos por uma cidadania qualificada, marcada pelo diálogo, pela solidariedade,
pelo respeito, pela cooperação, por um olhar que atinge os mais pobres, sem
radicalismos, sem polarizações, sem disputas”.
Dom Walmor mostrou seu desejo de que a luz da Palavra
de Deus ilumine o caminho da reconstrução da sociedade brasileira, insistindo
em que “nós os cristãos, temos que contribuir de modo cada vez mais decisivo”.
O arcebispo de Belo Horizonte pediu viver esta semana “no respeito, no diálogo,
no respeito às instituições democráticas”.
Segundo o presidente do episcopado brasileiro, “celebrar
o cinquentenário do Mês da Bíblia, significa para toda nossa Igreja no Brasil o
primado da Palavra de Deus”. Por isso, o arcebispo fez um chamado a que “o
anúncio da Palavra de Deus se torne por tanto, nesse caminho do Mês da Bíblia,
a reafirmação do compromisso e a efetivação da missão de colocar a Palavra de
Deus em primeiro lugar na vida da Igreja, na vida da família, na vida da
comunidade de fé e na vida pessoal de cada um de nós”. Ele insistiu em “fazer
ecoar em toda a Igreja do Brasil a centralidade da Palavra de Deus”, e assim “poder
oferecer à nação brasileira um cristianismo autêntico, bonito, solidário,
fraterno, que transforma mentes e corações e que nos faz irmanados como membros
dessa nação”.
Finalmente, se referindo à Carta de São Paulo aos
Gálatas, o livro proposto pela Igreja do Brasil para ser estudado neste
cinquentenário do Mês da Bíblia, com o lema “Pois todos vós sois um só em
Cristo Jesus”, pediu que seja instrumento “para que cresçamos no sentido de
pertença, cresçamos no sentido de respeito mútuo e de diálogo, cresçamos no
conhecimento da doutrina bonita da nossa fé, não como conceitual, simplesmente,
não como rigidez, mas como experiência que brota e faz brotar em nossos
corações a sabedoria do amor”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário