O Papa Francisco erigiu canonicamente a Conferência Eclesial
da Amazônia (CEAMA) como pessoa jurídica pública eclesiástica. Isto foi
comunicado em uma carta datada de 11 de outubro pelo Cardeal Marc Ouellet,
Prefeito da Congregação dos Bispos, ao Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da
CEAMA, em resposta a uma carta enviada por este último em 30 de setembro. A
aprovação ocorreu em 9 de outubro, durante a audiência com o Santo Padre.
Após a ereção canônica, falta a aprovação dos Estatutos, que
o Papa examinará pessoalmente, e o correspondente Decreto de ereção deve ser
redigido, o qual, como indica a carta, será enviado o quanto antes ao
presidente da CEAMA, criada após sua Assembleia fundadora, realizada de 26 a 29
de junho de 2020, época em que se iniciaram os procedimentos com diferentes
Dicastérios da Cúria Romana, um processo que durou até 4 de maio de 2021. Além
disso, dentro do processo de renovação e reestruturação do Celam, também foram
analisados os novos Estatutos do Conselho Episcopal Latino-americano, ao qual a
CEAMA está vinculada.
Segundo o Cardeal Ouellet, "os dois Estatutos foram
comparados a fim de coordenar suas respectivas atividades institucionais,
definindo suas relações recíprocas". O objetivo é "evitar qualquer
perigo de confusão ou sobreposição de competências, a fim de garantir o bom
funcionamento das atividades e da missão de cada organismo".
A aprovação final depende "da conclusão do estudo
comparativo necessário e da proposta e implementação das emendas ao
texto", diz o presidente da Congregação dos Bispos. Não podemos esquecer,
como menciona a carta, a natureza sem precedentes do organismo, pois estamos
tratando de uma conferência eclesial e não apenas de uma conferência episcopal.
Neste sentido, o Pe. Alfredo Ferro SJ, secretário executivo
da CEAMA, afirma que "para a Igreja latino-americana e particularmente
para a Igreja da Amazônia, é uma grande alegria" o que se expressa na
carta do prefeito da Congregação dos Bispos ao presidente da CEAMA, que
comunica a ereção canônica da Conferência Eclesial da Amazônia pelo Santo
Padre.
Segundo o jesuíta colombiano, como CEAMA "sentimo-nos
não só imensamente felizes, mas também reconhecidos por este gesto de afeto do
Papa, dando reconhecimento ao que é o desejo e foi o compromisso do Documento
Final do Sínodo, onde ele expressou a necessidade de criar esta conferência".
Para o padre Ferro, "este reconhecimento canônico é feito no marco de um
chamado que o Papa Francisco nos fez para viver a sinodalidade".
Neste contexto, nas palavras do secretário executivo da
CEAMA, "temos claramente um contexto e uma situação favorável, expressa
também na carta, na reestruturação e renovação do Conselho Episcopal
Latino-americano (Celam), na preparação e celebração da próxima Assembleia
Eclesial da América Latina e do Caribe e no início do processo do Sínodo dos
Bispos sobre a Sinodalidade".
Para o padre Ferro, "sentimos que novos ventos do
Espírito estão soprando nesta Igreja", pelo que ele agradece ao Senhor e
ao cardeal Pedro Barreto, nomeado na carta, que "expressou explicitamente
ao Cardeal Ouellet e ao Santo Padre a necessidade deste reconhecimento canônico
para que a CEAMA possa agora desenvolver mais oficialmente, com esta
personalidade jurídica, suas atividades e seus propósitos em sua ampla missão
de delinear um Plano Pastoral para a Igreja da Amazônia".
Mais um passi neste processo dd amazonizar o mundo
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