Aos pés de Maria, do ícone “Salus populi romani”, começaram
os bispos dos Regionais Norte1 e Noroeste sua terceira jornada da visita ad
limina, que realizam de 20 a 24 de junho de 2022. Em um lugar de devoção do
povo de Roma a Nossa Senhora, especialmente nos momentos de desastres, de
pestes, de guerra, de pandemia, dentro da Basílica de Santa Maria Maior,
seguindo o costume de celebrar nas quatro basílicas do Papa.
Um local onde o Papa Francisco rezou no primeiro dia do seu
pontificado e vai antes e depois de cada viagem apostólica, segundo lembrou Dom
Joaquim Pertiñez. Uma imagem presente na oração de 27 de março de 2020 na Praça
de São Pedro vazia, onde o Papa Francisco, nas primeiras semanas da pandemia da
Covid-19, que tanta dor tem provocado à humanidade, colocou a vida da
humanidade aos pés de Jesus e de sua Mãe, que sempre esteve lá, aos pés da
Cruz.
O Bispo da Diocese de Rio Branco (AC), convidou a rezar diante do
ícone “para que interceda pelos nossos povos, pelos mais sofridos, indígenas, caboclos,
migrantes, enfermos, idosos”, pedindo que Nossa Senhora se faça presente nos
momentos de dificuldade do povo. Também disse aos irmãos bispos que a visita ad
limina seja “um momento de vida e esperança para todos nós e para todos nossos
povos”, convidando a guardar tudo no coração e assim poder seguir os passos de
Maria, de Nossa Senhora da Amazônia.
Seguindo a apertada agenda que faz parte de toda visita ad
limina, os bispos da Amazônia se reuniram com o Dicastério para o Clero, o Tribunal
da Rota Romana e o Dicastério para a Comunicação. O prefeito, Mons. Lazzaro You
Heung sik, que será criado cardeal no consistório do dia 27 de agosto, animou
os bispos a cuidar da formação do clero e dos futuros presbíteros, insistindo
na necessidade de os bispos cuidar dos sacerdotes e caminhar na escuta e no
diálogo.
Mons. Alejandro Arellano Cedillo, Decano do Tribunal da Rota
Romana, orientou os bispos em questões relacionadas com diferentes processos
que fazem parte da vida das igrejas particulares, ajudando os prelados a
entenderem os passos a serem dados nas diferentes situações que se apresentam.
O Dicastério para a Comunicação, no encontro presidido pelo
prefeito Paolo Ruffini, um dos leigos com um cargo de alta relevância na Cúria
Vaticana, convidou os bispos dos Regionais Noroeste e Norte1 a tecer redes de
comunhão, destacando a importância de investir na formação de comunicadores, buscando
pessoas que possam comunicar a beleza do Evangelho e sua experiência de vida.
Ao mesmo tempo foi feito um chamado a comunicar com firmeza aquilo que é dito,
querendo evitar assim qualquer tentativa de manipulação.
Não pode ser uma comunicação só de ensinamento e sim de
testemunho de vida, pessoas que façam transparecer a realidade do Evangelho em
sua vida. Junto com isso, se insistiu na formação de jovens comunicadores. O
Dicastério para a Comunicação quer abrir uma porta com a Amazônia, ser
parceiros de uma Amazônia que sofre, afirmando a importância de criar redes entre
as PASCOMs. Nesse sentido, foi pedido aos bispos para acreditar nos
comunicadores, sobretudo os jovens. É assim que a comunicação pode se tornar
instrumento que ajude a contar histórias que fazem ver que é possível mudar,
histórias que fazem sentir com o coração.
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