No
início do Mês da Bíblia, neste vigésimo terceiro domingo do Tempo Comum, a Ir.
Cidinha Fernandes nos faz ver que “somos convidados a tomar nas mãos a Palavra
de Deus, palavra a ser lida, escutada, refletida, vivenciada como compromisso
cotidiano na vida pessoal, familiar, na comunidade e no mundo”.
Comentando
a leitura do livro da Sabedoria, a religiosa Catequista Franciscana nos
questiona: “qual é a pessoa que pode conhecer os desígnios de Deus?”, ao
que responde que “este propósito é dado a quem busca a sabedoria e o Espírito
de Deus”.
No
evangelho de Lucas (14, 25-33), é relatado que grandes multidões acompanhavam
Jesus. A essas multidões, Jesus as fala “das condições para o seguir, da
necessidade de se desapegar de pai, mãe, filhos, e da própria vida para ser
discípulo, discípula e acrescenta que é
preciso tomar a cruz e caminhar atrás Dele, Jesus. Reflete sobre a necessidade
de verificar o que é necessário para se terminar um projeto iniciado,
utilizando como exemplos a construção de uma torre, ou o rei que vai enfrentar
um adversário. Conclui dizendo que, quem não renunciar a tudo o que tem não
pode ser discípulo”.
Segundo
a Ir. Cidinha, “Jesus é radical!”. Ela insiste em que “para ser discípulo é
tudo ou nada, ele quer ser o primeiro em nossas vidas e não um terceiro. No
momento em que Ele fala às multidões está caminhando para Jerusalém para doar a
própria vida, e por isso nos pede tudo, sua mesma qualidade de entrega, a vida
toda e na totalidade. Ele não aceita
menos do que podemos dar. Jesus é o
centro da vida do discípulo, quem ama põe o Amado no centro de tudo!”.
Em relação
com nossas vidas, a religiosa afirma que “vamos aprendendo de Jesus essa
qualidade de amar, precisamos crescer no amor, o que exige ...treinar, treinar
e treinar, cair, cair, mil vezes, mas também levantar e de novo, recomeçar, nos
colocar no Caminho Dele”. Ela insiste em que “enquanto caminho vou me
apaixonando cada vez mais por Jesus, por seu projeto e, assim vou me
transformando, modificando, modelando o meu jeito de ser, de relacionar e de
entregar a própria vida”.
“Jesus
não pede que não eu ame a mim mesma, meus pais. Ele pede que eu ame a mim
mesma, aos meus pais e os outros como Ele Ama”, segundo a missionária na
Diocese de São Gabriel da Cachoeira. Ela destaca que “o
jeito de amar de Jesus é o de dar a própria vida, em solidariedade,
cuidado, como totalidade. Um jeito de amar que assume a
cruz como caminho, não por gostar de sofrer, mas a cruz como caminho de
solidariedade e de amor”.
Um
Evangelho que “nos desafia a não transformar o outro, a outra em objeto de
satisfação, de lucro, prazer, não é um amor egoísta, egocêntrico, não toma
posse, mas se abre para doar, gerar, cuidar da vida”, ressalta a religiosa.
Um
seguimento de Jesus, um discipulado que “não é algo imposto”, afirmando que “é
preciso querer ser discípulo”, como Jesus nos fala: “se alguém vem a mim”. Tudo
isso, “evoca uma liberdade que só quem ama é capaz de oferecer, acolher e
compreender. Quem escolhe ser discípulo, discipula, trilha um caminho de
liberdade amorosa que o faz capaz de desapegar, de não possuir nada, até a
própria vida”.
Finalmente,
a Ir. Cidinha afirma que “a palavra de Deus para nós é um grito de profecia
neste mundo, que para ser feliz não é preciso possuir muito, tomar posse do outro,
da terra, o que priva o ser humano de sua liberdade plena”.
Por isso a religiosa pede, “que sejamos capazes de, a cada dia ir aprendendo de
Jesus o jeito de amar, na radicalidade do tudo, o que nos caracteriza como seus
seguidores e seguidoras”.
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