As 12
comissões episcopais que fazem da Conferência Nacional dos Bispos de Brasil
(CNBB) são de grande importância para a caminhada da Igreja católica no país.
Depois da eleição da Presidência e dos dois presidentes da Comissão de Animação
Missionária e Bíblico-catequética, nesta quarta-feira os bispos do Brasil
elegeram os membros das outras comissões.
A Comissão
Episcopal para a Doutrina da Fé será presidida por Dom Joel Portella Amado, bispo
auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro (RJ), que foi secretário geral no
último quadriênio. Dom Joel foi nomeado bispo em 7 de dezembro de 2016. Na
Comissão Episcopal para a Ação Sociotransformadora foi reeleito na primeira
votação dom José Valdeci Santos Mendes, bispo da Diocese de Brejo (MA), desde
agosto de 2010. Ele disse aceitar “pela confiança dos senhores, pelo
compromisso de uma Igreja comprometida com o empobrecido, com o propósito da
Comissão de testemunhar o Evangelho e a Doutrina Social da Igreja”.
Dom
Hernaldo Pinto Farias, bispo de Bonfim (BA), é o novo presidente da Comissão
Episcopal para a Liturgia da CNBB. foi o escolhido para conduzir os assuntos de
Liturgia no quadriênio (2023-2026). Ele, que é bispo desde 2019, disse aceitar “por
acreditar numa liturgia que nasceu do Concílio Vaticano II.
A Comissão
Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB será
presidida por dom Ângelo Ademir Mezzari, que é bispo auxiliar da arquidiocese
de São Paulo (SP), desde 2020. Em suas primeiras palavras disse: “Eu quero
agradecer a confiança da Assembleia da CNBB. Eu sou um bispo da pandemia, e sou
um bispo das assembleias virtuais. Essa é a primeira assembleia presencial, já
que ano passado eu estava no curso para novos bispos. Conhecendo a caminhada e
tendo participado bastante, sobretudo nesses organismos, eu hoje, também por
fidelidade ao meu carisma como rogacionista, no Ano Vocacional e nessa mensagem
tão bonita do Papa, ‘Vocação, graça e missão’, eu me coloco à disposição e
aceito essa nova missão”.
Na presidência
da Comissão Episcopal para o Laicato da CNBB foi reeleito na primeira votação Dom Giovane Pereira
de Melo, recentemente nomeado primeiro bispo da diocese de Araguaína (TO), desmembrada
da diocese de Tocantinópolis, para onde foi nomeado no dia 4 de março de 2009.
Ele disse aceitar “para continuar servindo o povo de Deus, de modo particular
os cristãos leigos e leigas, agradeço o carinho dos irmãos e acolho esse
serviço”.
Na última
votação do dia, a 60ª Assembleia Geral da CNBB elegeu dom Bruno Elizeu Versari,
bispo de Campo Mourão (PR), de onde foi eleito bispo coadjutor no dia 19 de
abril de 2017, assumindo como titular em 6 de dezembro do mesmo ano, como
presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família. O novo
presidente assumiu agradecendo pelos votos e dizendo esperar corresponder ao
encargo confiado.
Além das votações
os participantes da Assembleia fizeram as últimas observações em relação ao
Regimento interno da CNBB, que finalmente foi aprovado por ampla maioria, sendo
apresentada igualmente a caminhada dos organismos do Povo de Deus: Comissão Nacional
dos Presbíteros, Conferência dos Religiosos do Brasil, Comissão Nacional dos Diáconos,
Conferência Nacional dos Institutos Seculares do Brasil, Organização dos
Seminários e Institutos Filosófico-Teológicos do Brasil e Conselho Nacional do
Laicato do Brasil.
Os
representantes dos organismos mostraram os elementos presentes em cada um
desses organismos, insistindo em olhar para o futuro com esperança, em viver a
sinodalidade e a comunhão, agradecendo à Presidência do último quadriênio pelo
caminho percorrido, uma caminhada conjunta, em diálogo, em corresponsabilidade
na missão, em sintonia com a Igreja do Brasil, com o Papa Francisco e seu Magistério,
sendo relatadas as diferentes ações realizadas.
A
Assembleia escutou o relatório do Conselho Indigenista Missionário,
constantemente atacados no Brasil, relatando as dores presentes na vida dos
povos e o esforço dos missionários em acompanhar os povos originários. Neste
dia também aconteceu a celebração interreligiosa, com representantes da Comunhão
anglicana, do islamismo, Igreja presbiteriana unida, judaismo, Igreja
Metodista, e Luteranos, um sinal da necessidade de caminhar juntos como
humanidade.
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