quinta-feira, 4 de maio de 2023

Maria, a Mãe com muitos nomes


A devoção mariana acompanha a vida da Igreja católica desde sempre e o mês de maio é o mês de Maria, o mês da Mãe, uma Mãe com muitos nomes. Seria difícil saber o número de avocações que Nossa Senhora tem, mas além do número, ela é alguém que provoca sentimentos de carinho, de confiança, de se sentir amado.

Qual o sentimento que Maria provoca em mim? Qual o olhar que eu tenho para com ela? Como me relaciono com aquela que é a mãe de Jesus e nossa mãe? São perguntas que podem nos ajudar a entender a figura de alguém que na Igreja tem uma relevância especial. Mas de onde vem essa importância? Claramente da sua atitude para com Deus e para com os outros.

Maria é a mulher que sempre pensa nos outros, desde o primeiro momento em que ela aparece nos textos evangélicos. O pedido de Deus não é fácil de assumir, ainda mais para uma jovem sem experiência a quem seu sim a colocava claramente em risco. Mas ela pensa no projeto de Deus e busca com sua resposta fazer realidade seus planos, os planos daquele em que ela confia.



Diante da atitude de Maria somos desafiados a nos questionarmos sobre nossas atitudes. Isso numa sociedade onde pensar só em si próprio, onde não querer se complicar a vida, virou moda. Maria nos ensina que vale a pena se colocar ao dispor dos outros, que vale a pena se arriscar, que a vida é para ser doada, e quando a gente se doa, essa vida se plenifica e se torna referência na vida dos outros.

Maria é a mulher plena, geradora de vida, de vida em abundância, ela é instrumento de Deus para a humanidade, e é por isso que ela se torna uma referência na vida do povo, na vida dos discípulos e discípulas, pois ela pode ser chamada de primeira discípula de Jesus, seu Filho. É com Maria que a gente vai descobrindo os caminhos de Jesus, os caminhos de Deus.

Somos desafiados a trazer Maria para nossa vida, a vê-la como alguém que é gente com a gente, companheira de caminho, sempre atenta ao caminhar do outro, sempre disposta a tender a mão para quem precisa de ajuda. Em Maria Deus se fez carne e ela assumiu essa encarnação da melhor maneira, com um compromisso cotidiano na defesa da vida de todos e para todos.

A gente encontra Maria no meio dos pequenos, dos que não contam. No final da história, ela era alguém que não contava, que estava desse lado da história, e quando nós escolhemos estar desse lado, vamos encontrar lá aquela que se fez referência na vida de muita gente. Mês de maio é tempo de Maria, de Maria da gente, daquela que sempre escolheu seu povo, povo a caminho, povo que constrói ao longo da história o Reino de Deus.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 -Editorial Rádio Rio Mar

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