A sede do
Conselho Episcopal Latino-americano e Caribenho (Celam), em Bogotá (Colômbia),
acolhe de 29 a 31 de agosto o encontro daqueles que irão participar da
Assembleia Sinodal em outubro no Vaticano como membros e como facilitadores.
Quase 50 participantes, bispos, leigos e leigas, representantes da Vida
Religiosa, presbíteros, chegados das 22 conferências episcopais que fazem parte
do Celam.
O cardeal
Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da CNBB é
um dos cinco bispos eleitos pelo episcopado brasileiro para o representar em
Roma. Dom Leonardo destaca a importância de ouvir, “nós não queremos que o
Sínodo seja uma participação, então ouvir quem vai participar, deixar
repercutir, naquilo que cada um traz, cada uma traz”. Ele insiste em que “isso
é sinal de comunhão da América Latina que deseja participar”.
Estamos diante
de um momento de muito encontro, segundo o cardeal, “para ajudar também a
preparar as nossas falas, as nossas participações, mas sempre em vista da
Igreja que está na América Latina”. Essa Igreja da América Latina e do Caribe,
marcada pela sinodalidade em seu caminhar nas últimas décadas é uma Igreja da
qual a Igreja universal espera seus aportes. Nesse sentido, o presidente do
Regional Norte1 da CNBB não duvida em defini-la como “uma Igreja que
evangeliza, uma Igreja que leva em conta todos os ministérios, vocações e
serviços, as pastorais da Igreja”.
Uma Igreja
que dom Leonardo vê como missionária, “mas que só será missionária quando todos
os membros, todos os batizados forem ativos”. Ele insistiu em que “nós temos
uma belíssima experiência na Amazônia, nossa Igreja já respira há muito tempo,
dadas as iniciativas do passado, uma Igreja sinodal, as nossas assembleias
são sinodais, as nossas assembleias diocesanas são sinodais, no Regional são
sinodais, mas também das igrejas que estão na Amazônia, nós vemos a participação
de todos”.
Uma
dinâmica fundamental é “trazermos os leigos para participar”, lembrando
que nos Atos dos Apóstolos, “eles estão lá participando ativamente e também
fundam igrejas”, o que dom Leonardo define como muito bonito. É por isso que
ressalta que “se nós pudermos como América Latina, como Brasil, levar isso para
o Sínodo, para que nossa Igreja seja cada vez mais sinodal, será uma grande
contribuição”.
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