sábado, 7 de outubro de 2023

Mesas redondas que geram caminhos de esperança em uma Igreja sinodal


Ser uma fonte de esperança para uma Igreja onde haja espaço para todos, todos, todos. Poderíamos dizer que esse é um dos desafios do Sínodo sobre a Sinodalidade, que está realizando a primeira etapa da Assembleia Sinodal na Sala Paulo VI, no Vaticano, de 4 a 29 de outubro.

Um ponto chave para a vida da Igreja

Não podemos nos esquecer de que a esperança é um ponto chave para a vida da Igreja, especialmente para aqueles que passaram por experiências difíceis, dolorosas e desafiadoras. São essas pessoas que esperam que a Igreja as ajude a encontrar uma luz que as abrirá para um modo de vida diferente, a superar o medo, a entender que, ao viver em docilidade ao que o Espírito Santo quer dizer, a pessoa encontra o caminho da vida.

Uma esperança que está inerente em todos aqueles que acreditam na Ressurreição, em todos e todas os que se sentem o povo do Ressuscitado, o povo da esperança. A experiência do Sínodo está ajudando a muitos dos que são membros da Assembleia Sinodal a viver a experiência de uma Ressurreição. Parece que estávamos na tumba, tudo frio, tudo derrotado, com aquele sentimento primeiro dos discípulos de Emaús.



Um Sínodo para encontrar-se com o Ressuscitado

Diante disso, o Sínodo sobre a Sinodalidade está fazendo com que muitas pessoas se encontrem com o Ressuscitado. É a esperança que faz parte da vida daqueles que passam por experiências difíceis em seu cotidiano, em seu dia a dia. Na secura vivenciada por tantos homens e mulheres mundo afora, às vezes, uns pingos de chuva fazem com que a terra da vida cobre um sabor diferenciado, uma cor nova, o broto começa a nascer da semente que foi plantada.

Uma experiência que está sendo vivida nesse Sínodo, que mais do que uma novidade é um despertar de algo que já existia, que já existe, e que hoje está se revelando, se abrindo. É o túmulo que se abre e o Ressuscitado que aparece e traz a esperança que brota da vida em plenitude.

Muitas pessoas apontando caminhos para uma Igreja sinodal

O fato de ver tantas pessoas que de diferentes modos, dentro e fora da sala sinodal, estão apontando caminhos para ser uma Igreja sinodal é um sinal de esperança que leva a acreditar que a Igreja está no caminho certo, que está superando os medos, pois quem tem esperança não tem medo da novidade, medo de caminhar junto. Um modo de se colocar a caminho que leva a ter a certeza de que no caminho podemos encontrar tropeços, pedras, mas sobretudo alegria, companheiros e companheiras, gente em sintonia diante dos mesmos problemas.

Um Sínodo que está sendo uma oportunidade para apontar caminhos para a esperança em algo novo, para uma revelação de algo que estava escondido na Igreja, porque a Igreja sinodal, ela já existe. Talvez ela tivesse sido esquecida, talvez muitos nem a conheciam. Mas estamos diante de um chamado que nos leva a assumir a necessidade de resgatar, de recuperar.

Como Madalenas se faz preciso anunciar essa Igreja da esperança, essa Igreja sinodal onde todos se propõem caminhar juntos, algo que é bem mais do que dar as mãos e caminhar, é perceber que nós temos erros e que no caminho somos chamados a acertar esses erros, acolhendo todos e todas sem exclusão de ninguém. Essas mesas redondas onde se olhando aos olhos, os membros do Sínodo, homens e mulheres chegados de todos os cantos da Igreja buscam discernir esses caminhos de esperança. Um modo de ser Igreja a ser assumido em tantos lugares onde a esperança é necessária para não duvidar que Deus sempre está com todos, todos, todos.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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