quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Diocese de Roraima se despede de Padre Edy Savietto, missionário do sorriso, da alegria e da simpatia


Após as celebrações realizadas na noite do dia 20 de dezembro na Reitoria de Nossa Senhora Aparecida em Boa Vista – RR, e na cidade de Pacaraima – RR, onde o Padre Edy Savietto realizava sua missão, a Catedral de Boa Vista acolheu na noite do dia 21 de dezembro a última das celebrações exequiais antes do corpo ser cremado e suas cinzas serem levadas e entregues a sua família, na Diocese de Treviso, na Itália, que um ano atrás lhe enviou em missão. Uma celebração que contou com a participação de muitos familiares e amigos do missionário falecido, que acompanharam desde a Itália pelas redes sociais.  

Uma missão que ele realizou acolhendo os migrantes e defendendo as causas dos povos indígenas, estando ao lado dos pobres, segundo lembrou no início da celebração Dom Evaristo Spengler, Bispo da Diocese de Roraima, que agradeceu as manifestações de solidariedade e comunhão neste momento de dor, dentre elas a enviada pelo Regional Norte1, pela REPAM e pelo Bispo da Dioceses de Treviso, mas de certeza da Ressurreição e de uma vida realizada no amor de Deus.

Na homilia, depois de saudar as dioceses de Treviso, Vicenza e Padova, na Itália, que participam de projetos missionários na Diocese de Roraima, Dom Evaristo Spengler iniciou suas palavras lembrando o texto do Evangelho: “Eu sou a Ressurreição e a Vida, quem crê em mim, ainda que seja morto viverá”. Ele refletiu sobre o Senhor que nos surpreende, falando de Deus como “o Deus do inesperado”, e fazendo uma leitura do acontecido na Diocese de Roraima, em duas semanas faleceram dois padres vítimas de infarto, como parte do Mistério de Deus, insistindo em que “não cabe a nós perguntar, porque nossa visão é limitada respeito á imensidade do nosso Deus”, se perguntando o que o Senhor está querendo da Diocese de Roraima dentro da realidade que está vivendo.



Lembrando da pessoa do Padre Edy, o bispo disse que nos ajuda a iluminar, destacando o seu sorriso, a sua alegria, a sua simpatia, a sua acolhida, que conquistaram a todos. Segundo o bispo, o missionário falecido tinha mostrado recentemente seu desejo de ficar a vida inteira com o povo de Pacaraima, o que finalmente aconteceu. Um missionário que deixou sua família e sua terra para vir em Pacaraima e unir sua paixão e seu amor com essa terra, lembrou Dom Evaristo Spengler, que insistiu em que seu coração é cheio amor e de acolhida e lembrou o desejo que ele tinha, depois de participar do V Congresso Missionário Nacional em Manaus, de um projeto missionário na Diocese de Roraima que abrangesse todas as comunidades, áreas missionárias e paróquias, promovendo a missionariedade entre todos.

O Bispo definiu o missionário falecido como alguém que se doou completamente pela causa do Evangelho. Lembrando as palavras de São Francisco de Assis, Dom Evaristo Spengler, disse que “a morte é a porta da vida”, insistindo que com sua morte tem se aberto a porta para a vida definitiva para o padre Edy, recebendo o abraço do Pai no Céu.

Padres, religiosas, missionários e missionárias, migrantes, agradeceram a vida e missão do Padre Edy, que segundo ele tinha dito, descobriu que depois de 25 anos de padre em Roraima sua vocação sacerdotal tinha chegado à plenitude, pois essa era a vocação sacerdotal que ele sempre tinha sonhado, servir o próximo, sobretudo os mais pobres, uma terra onde ele decidiu doar sua vida, uma vida marcada pela simplicidade, a alegria e sua grande humanidade, que testemunhou em sua vida como missionário na Diocese de Roraima, onde deixou sua semente.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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