Hoje é o Dia
Mundial de Oração e Reflexão contra o Tráfico de Pessoas, uma data instituída
pelo Papa Francisco em 2015 e que está completando 10 anos em 2024. Refletir sobre
essa realidade e rezar pelas vítimas é uma necessidade na Amazônia, uma das
rotas principais em nível mundial deste tipo de crime.
No dia em que a
Igreja lembra Santa Bakhita, uma religiosa sudanesa que foi vítima da
escravidão, somos chamados a refletir sobre essa realidade, o que tem que nos
levar a nos perguntarmos até que ponto nos indigna esse tipo de situações, até
que ponto somos tocados pelo sofrimento das vítimas do tráfico de pessoas,
tratadas como mercadoria por grupos criminosos que buscam o lucro desprezando a
vida das vítimas.
Muitas das vítimas
do tráfico de pessoas são mulheres, que sofrem a exploração sexual, muitas
vezes vítimas de enganos. As redes sociais têm se tornado espaços de
aliciamento, sendo as adolescentes e jovens os alvos principais das redes de
tráfico de pessoas. Essa realidade tem que nos levar a redobrar os esforços
para poder ajudar as vítimas potenciais.
A Vida Religiosa
tem assumido essa causa, e através da Rede um Grito pela Vida ajuda na
prevenção e combate à exploração sexual e o Tráfico de Pessoas. Como sociedade
e como Igreja temos a oportunidade de aproveitar esse trabalho e gerar espaços
onde essa prevenção possa ser realizada a través da formação que ajude a
descobrir que alguém está sendo vítima de aliciamento.
No último domingo
04 de fevereiro, o Papa Francisco disse que “ainda hoje, muitos irmãos e irmãs
são enganados com falsas promessas e depois sujeitos a exploração e abuso.
Juntemo-nos todos para combater o dramático fenómeno global do tráfico de seres
humanos”. As palavras do Santo Padre são um incentivo para tomarmos consciência
dessa realidade que cada vez atinge mais pessoas e gera mais lucro.
Nossa falta de
envolvimento faz com que as vítimas aumentem, provocando dor e sofrimento em
muitas pessoas. Se isso nos deixa indiferentes devemos nos questionarmos sobre
nosso ser pessoas, sobre nosso ser sociedade, mas também sobre nosso ser
Igreja. Quando olhamos para o outro lado diante do sofrimento alheio deixamos
de ser pessoas e deixamos de ser discípulos e discípulas de Jesus, daquele que
sempre ficou do lado das vítimas.
Não deixemos
passar essa oportunidade para nos posicionarmos como pessoas, como sociedade,
como Igreja. Sejamos conscientes que acabar com esse crime é responsabilidade
de todos, também sua, também minha. Oração, reflexão e compromisso se tornam
uma urgência inadiável. Assumamos esse pedido do Papa Francisco e façamos tudo
o que estiver em nossa mão para ajudar as vítimas.
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