13 de março
completou 11 anos da eleição de Papa Francisco, o Papa que colocou a Amazônia
em foco. Desde o início de seu pontificado, no encontro com os bispos
brasileiros na Jornada Mundial da Juventude do Rio de Janeiro, ele destacou a
importância da Igreja na Amazônia e do trabalho que os missionários e
missionárias realizam na região.
Com o decorrer do
tempo, Papa Francisco foi se interessando cada vez mais pela Amazônia, convocando
um Sínodo Especial para a Amazônia em 15 de outubro de 2017, que teve sua
assembleia sinodal em outubro de 2019. No Sínodo para a Amazônia, a periferia
iluminou o centro, a Igreja universal foi iluminada pela vivência da fé na
região amazônica, que buscava novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia
integral.
Uma Igreja que
cuida dos povos da Amazônia, sobretudo dos povos indígenas, uma Igreja que
promove a inculturação e a interculturalidade, uma Igreja que quer avançar na
configuração de seu rosto amazônico, encarnada e libertadora. Uma Igreja sempre
sinodal, onde o protagonismo do laicato, das mulheres, sempre sustentou a vida
de fé de um povo que nem sempre é acompanhado pela Igreja institucional e
hierárquica do jeito que deveria.
O fato de o Papa Francisco ser latino-americano tem lhe ajudado a compreender melhor as dinâmicas dos povos e da Igreja da Amazônia, querendo que essas dinâmicas possam ajudar no cuidado da casa comum e vivência do Evangelho em diversas realidades e latitudes. Ser discípulos e discípulas na Amazônia e da Amazônia espalhar as sementes do Verbo presentes nessa realidade.
Francisco é um
Papa para com quem o povo da Amazônia tem grande simpatia, ele cativou os
corações dos amazônidas, pois nele tem visto um sinal de carinho e de cuidado,
alguém que tem comprometido sua vida para que a Amazônia e seus povos tenham
vida e vida em abundância. Ele tem sido uma voz profética em defesa de uma
região e de uns povos tradicionalmente explorados, excluídos, descartados.
O exemplo de Papa Francisco nos compromete e nos desafia a cuidar a casa comum, especialmente nós que vivemos na Amazônia. Um cuidado que tem se tornado imprescindível para o futuro da região e para o futuro do Planeta, mas que muitas vezes esquecemos. Que o exemplo de Papa Francisco possa nos ajudar nesse caminho do cuidado e de valorização da diversidade, fonte de riqueza para a humanidade e para a Igreja.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 - Editorial Rádio Rio Mar
Nenhum comentário:
Postar um comentário