O Vicariato
Apostólico do Caroni, na Grande Sabana venezuelana, que tem sua sede na cidade
de Santa Elena de Uairén, acaba de comemorar 102 anos de sua ereção canónica. Uma
celebração que contou com a participação de representantes da diocese de
Roraima, dentre eles Dom Evaristo Spengler, que também esteve acompanhado por
Dom Arnaldo Carvaheiro Neto, bispo de Jundiai (SP), e Dom Vicente Costa, bispo
emérito da mesma diocese.
“Uma festa
muito bonita, com a participação das comunidades distantes”, segundo Dom Evaristo,
numa região onde a maioria da população são indígenas do povo pemón. Eles realizaram
diversos gestos durante a Eucaristia e depois da celebração realizaram
apresentações culturais da região. Uma celebração que “trouxe o coração, a vida
dessa história, 102 anos de doação de muitos missionários e missionárias".
Segundo o
bispo de Roraima, “uma coisa que ficou muito forte na celebração foi que a
Igreja não tem fronteiras, cada vez mais queremos estreitar os laços de união”.
Ele refletiu sobre as imensas dificuldades na evangelização da região da Grande
Sabana, com paróquias e comunidades muito distantes e um alto custo para
realizar as viagens para o trabalho evangelizador. Dom Evaristo destacou que “é
um povo com muita doação, com muita alegria, e queremos continuar a rezar por
esse povo, por Dom Gonzalo, por esse Vicariato do Caroni, todos os missionários
que aqui estão, aqueles que estiveram no passado e aqueles que virão à
evangelização nesse belíssimo futuro deste vicariato”.
O bispo local,
Dom Gonzalo Alfredo Ontivares Vivas, manifestou sua alegria pela celebração
vivida, destacando a participação das diversas comunidades indígenas que
integram o vicariato e das igrejas de Roraima e de Jundiai, algo que ele vê
como oportunidade para partilhar o que foi realizado pelos padres capuchinhos e
deixaram como ensinamento, vivência e experiência de fé nesse processo de
formação e de inculturação do Evangelho.
O bispo
destacou que o Vicariato do Caroni está vivendo uma nova etapa, com a
participação de missionários de outras igrejas locais e congregações
religiosas. A celebração realizada é vista por Dom Gonzalo como algo que “nos
ajuda a entender a sinodalidade que o Papa Francisco está nos convocando”. Ao
mesmo tempo, ele disse que tem sido mais uma oportunidade para se integrar com
a Igreja do Brasil, insistindo em que a Igreja não tem fronteiras, que podem
ser compartilhadas as mesmas experiências de fé com os povos originários
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