Um dos desafios da
Igreja católica na Amazônia é fazer realidade uma Igreja com rosto amazônico e
rosto indígena, um pedido que cobrou maior força com o Sínodo para a Amazônia. Entre
o povo ticuna, na diocese de Alto Solimões, tem surgido uma iniciativa de Vida
Religiosa Indígena, acontecendo no dia 25 de março de 2024 a celebração onde as
primeiras quatro jovens Irmãs Missionárias Ticuna doaram sua vida totalmente a
Deus, um momento de grande emoção e alegria, que tem fortalecido a Igreja
Católica com seu rosto indígena.
Foi na missa de
abertura da Formação Diocesana ticuna, em Belém do Solimões, onde estavam
presentes representantes de 30 comunidades indígenas. As quatro jovens, Ir.
Cristina da comunidade de Piranha, Ir. Marieta da comunidade de Vendaval, Ir.
Lucidete da comunidade de Cigana Branca e Ir. Jeane da comunidade de Cidade
Nova, tomaram o hábito numa celebração em que o povo ticuna as acolheu e
abraçou.
No final da
formação, na celebração da Páscoa, as Irmãs Missionárias Ticuna receberam uma
bênção solene e foram enviadas, iniciando assim oficialmente o primeiro ano de
vida comunitária, formação (bíblica, espiritual, humana) e missão na nova casa
delas. Essa casa, que foi abençoada no dia 31 de março, Domingo de Páscoa, é fruto
do trabalho do povo, que desde dezembro de 2023 tem se mobilizado para
construir com muitos ajuris e o apoio incansável dos Frades Menores Capuchinhos.
As novas irmãs são
os primeiros frutos de um caminho iniciado na Assembleia Geral do Povo Católico
Ticuna, realizada em 2015, quando foi realizado um apelo a possibilitar um
caminho formativo para a vida consagrada e sacerdotal de forma mais amazônica,
mais próxima da vida do seu povo e cultura. Nesse caminho foram se dando passos
nas diversas comunidades, sendo o Sínodo para a Amazônia um forte impulso nesse
caminho. As jovens têm elaborado uma primeira e simples Regra de Vida, que
agora vai marcar sua vida comunitária.
Com informações e fotos do Blog: Povo Ticuna de Belem do Solimões
Parabéns pela ousadia. Força, coragem e muita lus sempre a exemplo de Francisco e Clara de Assis no seguimento radical de Jesus Cristo.
ResponderExcluirQue maravilha, há muitos anos, Dom Alcimar me dizia que a vida religiosa precisava se integrar na realidade amazônica. Parabéns para quem está concretizando está inspiração que só agora se realizar...
ResponderExcluirLouvemos ao Senhor pela diversidade!
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