A atual conjuntura
eclesial, marcada pelos contínuos e infundados ataques ao Papa Francisco, tem
que nos levar a refletir àqueles que nos dizemos cristãos e cristãs. No dia 29
de junho, a Igreja celebra a festa de São Pedro, a festa do Papa. Uma boa
oportunidade para refletir sobre a figura de Francisco, o sucessor de Pedro, e
o que ele representa para a Igreja e para a humanidade.
Depois de 11 anos
de pontificado, o primeiro Papa latino-americano cumpriu o pedido feito pelos
cardeais, antes de entrar na Capela Sistina, para eleger o sucessor de Bento
XVI. Eles refletiram sobre a necessidade de reformar a Igreja diante dos
escândalos, principalmente financeiros e de abuso de menores, em que ela estava
envolvida. E o cardeal Bergoglio, um homem com grande capacidade de
discernimento, assumiu e levou em frente o pedido.
O caminho que ele
escolheu foi em companhia dos últimos, dos pobres, dos migrantes, dos
descartados, daqueles que por diversos motivos são vítimas, inclusive dentro da
Igreja católica. Mas isso incomoda, e como incomoda, àqueles que sempre se
serviram do poder para satisfazer interesses pessoais, para se servir dos
outros em benefício próprio.
Estar com
Francisco é estar com a Igreja, com aquela Igreja que teve em Pedro o primeiro
a conduzir seus caminhos. Um homem que se deixou transformar no seguimento de
Jesus, daquele que um dia lhe cativou e que aos poucos, não sem dificuldade,
foi entendendo seu modo de viver e de olhar para os outros, especialmente para
aqueles que nunca contaram para ninguém, aqueles que sempre foram colocados do
lado de fora da história.
Na Igreja de
Francisco cabem todos, todos, todos, e isso faz com que alguns se sintam incomodados.
Eles só gostam daqueles que são iguaizinhos a eles, clones perfeitos, numa
realidade e numa Igreja que só existe em sua cabeça. É por isso que desprezam a
diversidade e àquele que acolhe a quem é diferente, escutando-o e tentando
descobrir a riqueza que encerra em sua vida.
Muitos que se
dizem os autênticos católicos, mas que na verdade são membros de uma seita
criada por eles mesmos, propagadores de mentiras e infâmias, deveriam refletir
sobre suas palavras e atitudes em relação ao Santo Padre. Somos Igreja quando
vivemos a comunhão, quando mesmo na diferença caminhamos juntos, como
comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus, em sinodalidade.
Somos católicos
quando respeitamos o sucessor de Pedro, aquele a quem Jesus confiou a missão de
apascentar suas ovelhas e conduzir a barca da Igreja. Hoje é Francisco, como em
outros tempos foram outros e no futuro a Igreja irá escolher novos sucessores de
Pedro. Mas sempre descobrindo em sua figura a presença de Cristo que neles nos
guia como Igreja para continuar anunciando o Evangelho a todos os povos.
Se você quer ser
católico não se deixe enganar por aqueles que movidos por interesses políticos
e económicos insultam o Papa Francisco. Quem escuta e acredita nesses
personagens se distancia de Deus e da Igreja, pois eles pregam um Deus a imagem
e semelhança deles e de seus interesses e não o Deus de Jesus Cristo, o Deus de
Pedro, o Deus de Francisco.
Ótima reflexão sobre o Querido Papa Francisco. Nota 10! Êle é o Papa para para os tempos tão conturbado de hoje.
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