Os
participantes do V Encontro da Igreja na Amazônia Legal, reunidos em Manaus, de
19 a 22 de agosto de 2024, publicaram uma Carta Compromisso no final de um
encontro onde dizem ter se reunido “para reafirmarmos a caminhada que nossos
antecessores começaram de modo colegial e, hoje, somos nós que prosseguimos
como peregrinos da esperança”.
Um encontro
iluminado pela “memória da caminhada sinodal da Igreja na Amazônia”, que
lembrou a importância do Encontro de Santarém 1972, que convidou “a uma
conversão ao Verbo Encarnado que exigiu da Igreja um total entrosamento com a
realidade”. Diante dos apelos de hoje, que ajudam a acolher os avanços e
desafios, inspirados no Sínodo para a Amazônia e no Encontro de Santarém de
2022, surgem caminhos de encarnação na realidade e evangelização libertadora,
em vista da formação, da ministerialidade, do cuidado com a casa comum, da
corresponsabilidade e sustentabilidade, da caridade e profecia. Tudo isso com
ferramentas e meios para bem ler os sinais dos tempos a abrir a novos
horizontes.
Não se
limitar a novos temas, e sim “um novo jeito de ser Igreja, em pequenas
comunidades inseridas no chão da Amazônia, que evangelizam pelo testemunho,
pelo serviço e pelo anúncio do Evangelho”.
Uma Igreja de processos e não de eventos, com homens e mulheres capazes
de dar a vida até o fim, que está junto do povo e luta com o povo por seus
direitos, corajosa. Uma Igreja com mulheres que já exercem a diaconia na
animação e coordenação das comunidades.
Uma Igreja
que quer construir o Rito Amazônico, e que é envolvida pelo Espírito no cuidado
com a Casa Comum, na defesa da vida dos povos e, sobretudo, dos pobres da terra
e das águas, dos migrantes, os mais atingidos com as mudanças climáticas. Uma
Igreja comprometida na defesa dos povos originários, que se sente chamada a alimentar
a esperança e dar respostas ousadas e sem medo aos desafios.
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