A Ir.
Regina da Costa Pedro, diretora das Pontifícias Obras Missionárias no Brasil
(POM Brasil) acaba de ser nomeada como membro do Comitê Supremo das POM para um
período de cinco anos, de 01 de agosto de 2024 a 31 de julho de 2029. O Comitê
Supremo tem a responsabilidade de garantir o desenvolvimento eficaz de cada uma
das Pontifícias Obras Missionárias, resolvendo questões que possam surgir entre
elas.
É composto
pelo pró-Prefeito do Dicastério, cardeal Luiz Antônio Tagle, o secretário,
presidente das POM, cinco bispos representando cada continente, os secretários
gerais das quatro Obras Pontifícias, a administração e cinco diretores
nacionais das POM. Este grupo se reúne uma vez por ano para discutir e
providenciar o necessário para o bom funcionamento das Obras.
A diretora
das POM Brasil considera que sua nomeação “significa uma responsabilidade, sem
dúvida nenhuma, mas também um reconhecimento, que eu acredito que não seja só
para mim como pessoa, mas para as Pontifícias Obras do Brasil, para toda a
Igreja do Brasil”. Ela insiste em que “eu represento não só a Igreja do Brasil,
mas a Igreja das Américas”, destacando o fato do Brasil ter sido escolhido para
fazer parte do Comitê Supremo.
No mundo
são 130 diretores nacionais das Pontifícias Obras Missionárias e desses 130,
seis são mulheres. Que uma delas esteja no Comitê Supremo “é muito
significativo, porque me parece que aquelas decisões que o Papa Francisco está
tomando de abertura da participação das mulheres em todas as instâncias, de
modo particular nas instâncias de decisão, é como se isso fosse fazendo um
efeito cascata nas outras decisões”.
A religiosa
do PIME disse que “essa decisão foi tomada pelo pro-prefeito, cardeal Tagle,
mas eu acredito que já em diálogo e como uma resposta a essa abertura que o
Papa Francisco está proporcionando”. É por isso que ela ressalta que “cada vez
que uma mulher é escolhida na Igreja para algum serviço de maior
responsabilidade, eu acredito que se abram as portas para uma participação
maior dos cristãos leigos e cristãs leigas em todas as instâncias”.
“A final
das contas, é sempre um passo a mais para que essa sinodalidade se torne uma
realidade, sinodalidade compreendida como possibilidade de que todos e todas,
batizados e batizadas, possam se colocar a serviço da Igreja, de uma Igreja
toda ministerial, como o Papa Francisco fala tantas vezes”, segundo a Ir.
Regina. Nesse sentido, coloca que “o fato de eu estar em representatividade das
mulheres é quase como se as duas coisas fossem uma coisa unida, a minha
nomeação é como uma confirmação disso que já está acontecendo, e eu desejo que
se realize de uma maneira sempre mais profunda essa abertura”.
Para a
Igreja do Brasil, mesmo reconhecendo que ela é chamada a representar as igrejas
de todos os países da América, essa nomeação pode ajudar na partilha em nível
maior da vivência missionária, “a vivência e as experiências que nós temos da
Igreja do Brasil como projetos de animação missionária, de abertura ad gentes,
tudo aquilo que nós realizamos aqui, sem dúvida eu vou levar para lá, porque é
uma vivência”. A religiosa destaca que “aquilo que a gente vive é aquilo que
nós partilhamos”.
Para essa
missão mais ampla de representar a Igreja da América acha que pode ajudar a
realização do VI Congresso Missionário Americano em Porto Rico, onde
participarão a maioria dos diretores da América. Ela considera que “vai ser um
momento muito importante para eu também poder conversar com eles e ver quais
são as expectativas que todos eles como diretores têm dessa minha
representatividade no Comitê Supremo”.
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