O dia 29 de
novembro aconteceu na diocese de Roraima o encontro com a Vida Religiosa Consagrada,
os padres, as lideranças das diversas pastorais e as secretárias das paróquias.
Foi trabalhado o Protocolo de Proteção de Crianças, Adolescentes e Adultos Vulneráveis,
“um dia intenso de estudo, de reflexão e partilha, onde a gente pode socializar
o documento, bem como encaminhar e desencadear todo um processo de formação na
diocese de Roraima”, segundo a secretária executiva do Regional Norte 1 da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Ir. Rose Bertoldo, assessora do
encontro.
Segundo a
religiosa, “aquilo que nos pede o documento, que as igrejas locais, elas façam
todo um processo de formação, tanto para dar a conhecer o documento, como também
para iniciar um processo de prevenção, sensibilização, sobre o tema da proteção
de crianças, adolescentes e adultos vulneráveis”. Se busca “desenvolver e
pensar uma cultura do cuidado a partir dos espaços eclesiais”, destacou a religiosa,
que considerou o encontro como “um momento de muito aprendizado e também de
troca de experiências, onde a gente pode conhecer, aprofundar e se apropriar do
documento de proteção que foi assumido pelo Regional Norte 1”.
No dia 30
de novembro, no Conselho de Pastoral da Diocese de Roraima, que reúne todos os
representantes dos mais diversos grupos, pastorais e organismos, foi realizado
o mesmo processo de estudo e aprofundamento, no objetivo de dar a conhecer, e
também a partir de todo esse estudo, toda essa reflexão, ver os desdobramentos
para cada grupo, cada pastoral, cada comunidade, se comprometer a continuar os
estudos e assim desenvolver uma cultura do cuidado e da proteção de crianças,
adolescentes e adultos vulneráveis em todos os espaços eclesiais da diocese,
afirmou a religiosa.
Segundo o
bispo diocesano, dom Evaristo Spengler, esse é “um tema muito caro ao Papa
Francisco, e pede que todas as igrejas do mundo, todas as dioceses possam fazer
um trabalho de formação, de conscientização e prevenção sobre a questão da proteção
a crianças, adolescentes e adultos vulneráveis”. O bispo sublinhou que “todos
os nossos padres, irmãs, agentes de pastoral, colaboradores, funcionários da
diocese têm que saber que a Igreja tem um código, tem um decreto que fala sobre
a proteção dos menores”.
Dom
Evaristo considera muito importante “todos ter essa consciência de saber que
Jesus diz vinde a mim as criancinhas”. É por isso que, segundo o bispo, “nós
temos que de fato proteger para deixá-las crescer sempre em um ambiente de
muita tranquilidade, de paz, para serem também adultos maduros e adultos que
possam de fato viver de uma forma equilibrada”, sublinhando a necessidade de
seguir o mestre e proteger as crianças e os vulneráveis.
O bispo
diocesano lembrou que esse tema começou a ser trabalhado no episcopado de seu predecessor,
dom Mário Antônio da Silva, e vem sendo um trabalho contínuo. Em 2024 já foi
realizada uma formação com dom Hudson Ribeiro, e “agora com a irmã Rose pegamos
dois grupos significativos em nossa diocese”, atingindo mais de 150 pessoas.
Ele insistiu em que quer ser feito “um processo em cascata, que vai chegando em
todas as paróquias, todas as pastorais, a todas as comunidades, para que o tema
da proteção seja um tema que esteja na mente e no coração de todos aqueles que
são membros e servem a Igreja de Roraima”.
Dom Evaristo Spengler disse que “esse tema continuará a ser trabalhado constantemente em nosso meio, porque sabemos que o ser humano tem que se vigiar a se mesmo e criar estruturas de proteção, formando aqueles que colaboram conosco e que fazem parte da nossa Igreja e de modo especial prevenir para que os fatos não aconteçam, e quando acontecer tratar de fato a pessoa que é doente, mas também proteger a vítima, que é aquela que é mais frágil nesse momento”.
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