O Planeta
apresenta sinais que devem nos levar a refletir sobre a atual situação
climática, a entender que o cuidado é o caminho a seguir para que o futuro da
humanidade, o futuro do Planeta, seja possível. Nessa perspectiva, a Campanha
da Fraternidade 2025 é mais uma oportunidade para aprofundar no conhecimento,
na oração e na reflexão que nos levem a assumir o cuidado da casa comum.
Tendo como tema
“Fraternidade e Ecologia Integral”, somos chamados a entrar em um caminho de
conversão que nos leve a escutar o clamor dos pobres e da Terra, que sempre é o
mesmo. Uma urgência cada vez maior diante da situação climática que a Amazônia,
o Brasil e o mundo estão passando nos últimos anos e que deve nos levar a
tomarmos consciência e traduzir esse chamado à conversão em gestos concretos.
As secas extremas
na Amazônia nos dois últimos anos têm provocado grande dificuldade em muita
gente. Os deslocamentos ficaram cada vez mais complicados, a carestia de
produtos básicos, dentre eles a água, foi algo comum em muitas regiões da
Amazônia. Junto com isso, o encarecimento do custo de vida faz com que o
sofrimento dos mais pobres aumente.
Por outro lado, as enchentes são cada vez mais frequentes em muitas regiões do Brasil e do Planeta, provocando destruição e grandes danos para a população, especialmente para aqueles que vivem em áreas de risco, que mais uma vez são os mais pobres, que muitas vezes ficam sem nada, perdendo o pouco que tinham conquistado na luta de muitos anos.
10 anos depois da
Laudato Si´, uma mensagem reforçada em 2023 com a Laudate Deum, nós católicos
ainda não temos tomado consciência da importância de assumir aquilo que o Papa
Francisco nos pede. Custa viver nosso ser cristãos como algo que vai além dos
muros do templo. Nossa fé, nosso compromisso cristão, tem que nos levar a
enxergar o que acontece no mundo.
Nesse sentido, o
pecado ecológico, consequência da falta de cuidado da casa comum, é algo
presente em nossa vida. Um pecado contra a Criação, colocada por Deus ao
serviço da humanidade, que prejudica a todos e ofende a Deus, um Deus que
sempre defende a vida de todos e de tudo, de cada ser humano, mas também de
cada criatura que faz parte do Planeta Terra.
Olhemos para nossa vida pessoal e comunitária, sejamos conscientes da necessidade de uma mudança de hábitos, do modo de nos relacionarmos com tudo o que está em volta de nós. É tempo de conversão, também de conversão ecológica. Só assim a vida em plenitude pode ser uma possibilidade real. Não esqueçamos que essa demanda é para todos e cada um de nós e que nosso compromisso vai fazer possível um mundo melhor para todos e todas, mas também para nossa Mãe Terra.
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