quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Cuidado da Casa Comum: uma atitude urgente e necessária em todos nós


O Planeta apresenta sinais que devem nos levar a refletir sobre a atual situação climática, a entender que o cuidado é o caminho a seguir para que o futuro da humanidade, o futuro do Planeta, seja possível. Nessa perspectiva, a Campanha da Fraternidade 2025 é mais uma oportunidade para aprofundar no conhecimento, na oração e na reflexão que nos levem a assumir o cuidado da casa comum.

Tendo como tema “Fraternidade e Ecologia Integral”, somos chamados a entrar em um caminho de conversão que nos leve a escutar o clamor dos pobres e da Terra, que sempre é o mesmo. Uma urgência cada vez maior diante da situação climática que a Amazônia, o Brasil e o mundo estão passando nos últimos anos e que deve nos levar a tomarmos consciência e traduzir esse chamado à conversão em gestos concretos.

As secas extremas na Amazônia nos dois últimos anos têm provocado grande dificuldade em muita gente. Os deslocamentos ficaram cada vez mais complicados, a carestia de produtos básicos, dentre eles a água, foi algo comum em muitas regiões da Amazônia. Junto com isso, o encarecimento do custo de vida faz com que o sofrimento dos mais pobres aumente.



Por outro lado, as enchentes são cada vez mais frequentes em muitas regiões do Brasil e do Planeta, provocando destruição e grandes danos para a população, especialmente para aqueles que vivem em áreas de risco, que mais uma vez são os mais pobres, que muitas vezes ficam sem nada, perdendo o pouco que tinham conquistado na luta de muitos anos.

10 anos depois da Laudato Si´, uma mensagem reforçada em 2023 com a Laudate Deum, nós católicos ainda não temos tomado consciência da importância de assumir aquilo que o Papa Francisco nos pede. Custa viver nosso ser cristãos como algo que vai além dos muros do templo. Nossa fé, nosso compromisso cristão, tem que nos levar a enxergar o que acontece no mundo.

Nesse sentido, o pecado ecológico, consequência da falta de cuidado da casa comum, é algo presente em nossa vida. Um pecado contra a Criação, colocada por Deus ao serviço da humanidade, que prejudica a todos e ofende a Deus, um Deus que sempre defende a vida de todos e de tudo, de cada ser humano, mas também de cada criatura que faz parte do Planeta Terra.

Olhemos para nossa vida pessoal e comunitária, sejamos conscientes da necessidade de uma mudança de hábitos, do modo de nos relacionarmos com tudo o que está em volta de nós. É tempo de conversão, também de conversão ecológica. Só assim a vida em plenitude pode ser uma possibilidade real. Não esqueçamos que essa demanda é para todos e cada um de nós e que nosso compromisso vai fazer possível um mundo melhor para todos e todas, mas também para nossa Mãe Terra. 



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1 - Editorial Rádio Rio Mar

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