A Arquidiocese de Manaus publicou nesta sexta-feira, 12 de março,
orientações para a participação do povo nas celebrações comunitárias no
contexto de pandemia da Covid-19. A partir do dia 13 de março, véspera do IV
Domingo da Quaresma, Domingo da Alegria, “um convite para superarmos as
tristezas da separação e permanecermos sob o olhar de Deus”, será permitida as
celebrações com o povo, “com uma atenção redobrada aos cuidados sanitários de
higienização e distanciamento”.
Desde o dia 5 de janeiro, as celebrações estavam acontecendo
sem a participação do povo. Tem sido um tempo de dor, com “um elevado número de
mortes, a crise de oxigênio, o colapso no sistema de saúde, o alto índice de
ocupação das UTI’s e as filas de espera para internação”. Está se dando “uma
lenta queda no número de óbitos, mas ainda alta taxa de contaminação”, afirma a
nota assinada por Dom Leonardo Steiner, que denuncia a demora no processo de
vacinação, pois “a perversidade da omissão dos governos não agiliza a compra
das doses necessárias para imunização da população e as aplicações vem
acontecendo num ritmo vergonhoso”.
Diante dessa situação, tendo refletido com o Conselho
Presbiteral, o Arcebispo orienta sobre os passos a serem dados, algo que deve
ser refletido pelo Conselho Pastoral de cada Paróquia e Área Missionária a
partir da especificidade de sua realidade. Tem sido elaborados 15 pontos, onde
se diz que as celebrações tenham “um número limitado de participantes,
respeitados os horários do decreto do Governo do Estado”, que “mais do que incentivar
a presença”, sejam acolhidos aqueles que puderem participar na celebração, que “não
deve ultrapassar 1 hora e 30 minutos”, com um intervalo de 5 horas entre uma e
outra. Se exige a utilizando de máscara e álcool em gel.
As celebrações presenciais
durante a semana valem como preceito dominical enquanto durar este período de
pandemia. Se incentiva distribuir a comunhão após participar das missas pela
rádio, televisão e internet. A lotação máxima será de 30%, pedindo que nas
capelas pequenas as celebrações sejam feitas em espaços mais amplos. "A
comunhão será distribuída exclusivamente nas mãos”, e os fiéis devem “deixar o
espaço celebrativo, segundo uma ordem”. As exéquias “podem ser celebradas nas
casas ou funerárias com a presença dos familiares, tendo em conta as normas de
segurança e um tempo mais abreviado no rito”. Em quanto aos sacramentos, “podem
ser celebrados os Sacramentos da Unção dos Enfermos e da Reconciliação e, em casos
excepcionais, do Batismo e do Matrimônio”.
As orientações dizem que “continuam suspensas as reuniões de pastorais, catequese”, afirmando que “novas orientações, particularmente sobre a Semana Santa, serão publicadas para animação da vida das nossas comunidades, sempre de acordo com o contexto da situação de saúde pública”.
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