Lembrando as palavras do Papa Francisco, que faz um chamado
a não afastar “o olhar à vista dos sofrimentos de seus irmãos e irmãs em
humanidade, privados de liberdade e dignidade”, a Comissão Episcopal Pastoral
Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano da Conferência Nacional dos
Bispos do Brasil-CNBB e demais entidades que compõe o Fórum Ampliado, tem publicado
uma carta pastoral onde denuncia o agravamento do Tráfico Humano neste tempo de
pandemia.
O texto analisa a realidade do Tráfico de Pessoas, “que
atinge prioritariamente as pessoas mais vulneráveis”, uma realidade que tem
aumentado com a pandemia da Covid-19, que “exacerbou e trouxe à tona as
escandalosas desigualdades econômicas e sociais sistêmicas que estão entre as
principais causas do tráfico humano”. A carta, assinada pelos bispos da
Comissão, dentre eles Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, bispo de
Itacoatiara – AM, denuncia os novos modelos que os aliciadores/as criaram “neste
contexto de isolamento social... especialmente por meio das modernas
tecnologias de comunicação”. Também tem se dado conflitos nas fronteiras entre polícia
e imigrantes, e também tem aumentado os casos de trabalho escravo, segundo o escrito.
A Comissão solicita “que as autoridades brasileiras do campo
político e eclesial se comprometam”, colocando uma série de pedidos. Tem sido
pedido “fortalecer e/ou aprimorar os instrumentos legais... para impedir que
traficantes de pessoas e aliciadores ajam impunemente durante a pandemia”; que a
Igreja assuma “com prioridade o enfrentamento a estes crimes contra a vida
humana”; vacina e Auxilio Emergencial “para reduzir as desigualdades sociais
que lançam as pessoas na roda viva do tráfico de pessoas”.
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