O clero da Diocese de Parintins encerrou nesta
quinta-feira, 25 de março, seu Retiro, que desde o dia 22 reúne os sacerdotes
que realizam sua missão na região do Baixo Amazonas. O pregador do Retiro, que
aconteceu no Centro de Formação Dom Arcangelo Cerqua, foi Dom José Albuquerque,
Bispo Auxiliar da Arquidiocese de Manaus.
Ao longo desse tempo de Retiro, neste ano em que a
Igreja, por indicação do Papa Francisco, celebra o Ano de São José, os
participantes tem rezado sobre a Paternidade Ministerial, inspirada na Carta
Apostólica Patris corde, sendo um momento para aprofundar no ministério
sacerdotal a partir da figura daquele que foi o pai de Jesus.
Durante o Retiro, aproveitando a presença dos padres
vindos dos municípios que fazem parte da Diocese, um costume presente em muitas
dioceses e prelazias, a Catedral Nossa Senhora do Carmo acolhia a Missa dos
Santos Óleos, momento em que além de ser abençoados os Óleos que serão usados
nos sacramentos ao longo do próximo ano, os padres renovavam suas promessas
sacerdotais.
O bispo diocesano, Dom Giuliano Frigenni, que presidiu
a celebração, na sua homilia, partindo da figura de São José, destacava a dimensão
sagrada das diferentes ações do sacerdote, fazendo um chamado aos padres a que “façamos
da nossa vida uma resposta de gratidão ao Amor de Deus que Cristo nos revelou”,
ajudando o povo entender que ele “tem sido alcançado não pelo poder de Deus,
mas pela ternura de Deus, pela humildade de Deus, pela paciência de Deus”. O desafio para os sacerdotes, segundo o bispo,
é “poder ter a mesma compaixão, a mesma ternura, através do dom do Espírito
Santo”.
Segundo Dom Giuliano, é importante destacar a unidade,
que se faz presente na diversidade de cada um, que “não é um problema, é a
grande riqueza da Igreja que deseja ser cada vez mais como uma mãe, que recebe
as pessoas e as fortalece”. O bispo insistia ao clero sob a necessidade de ser
servidores do povo de Deus, e ao povo sob a necessidade de entender que “a
nossa fé cristã católica não divide a vida da religião, mas a religião entra na
nossa vida e nos torna homens e mulheres não que falam de Deus, mas que falam
com Deus, de um Deus que veio ao nosso encontro e entrou na história”.
O bispo lembrava a importância do Papa Francisco, que “nos
empurra o tempo todo a ir ao encontro das pessoas que perderam a alegria de ser
cristão, a alegria do Evangelho, e nos empurra a reconhecer nos outros, mesmo
aqueles que não são da nossa comunidade, irmãos da gente, até que tenham religiões
diferentes, antes de condenar, ama-los e oferecer a alegria daquele que veio
para reunir os dispersos filhos de Deus”.
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