quinta-feira, 25 de março de 2021

Na Missa do Crisma, Dom Zenildo afirma que a missão “não é fácil, porém é gratificante realizar”



A paróquia Nossa Senhora de Nazaré e São José, na cidade de Nova Olinda, acolheu nesta quinta-feira, 25 de março, a Missa dos Santos Óleos da Prelazia de Borba, uma celebração que, segundo seu bispo, Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva, “reúne o presbitério, trata-se da unidade, da comunhão, momento significativo para a Igreja local”.

Seguindo as leituras que a Liturgia da Palavra apresenta para a celebração da Missa do Crisma, o bispo local destacava que “a saída à situação do exilio está na comunidade que se reúne, louva, agradece e encontra esperança para lutar”. Dom Zenildo, diante do momento tão difícil na sociedade, no mundo inteiro, que estamos vivendo, fazia um chamado a “não perder a esperança, a confiança, o dinamismo missionário, o profetismo da evangelização”.

O bispo da Prelazia de Borba, dizia para os sacerdotes presentes na celebração que “abraçamos a causa e a Cruz do sacerdócio, trazendo ao povo, oferecendo, o que vem do povo a Deus, testemunhando a esperança no meio do povo do Senhor”. Não podemos esquecer, seguindo o Evangelho de Lucas, que “Jesus traz para nós esse Espírito que dinamiza as comunidades”, insistia Dom Zenildo, para quem “os destinatários da evangelização são os pobres, os últimos, os esquecidos, algo que nos faz mais missionários e missionárias”.




Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva destacava três elementos que se fazem presentes na celebração da Missa dos Santos Óleos: o cristológico, o eclesiológico e o sinodal. A cristologia, segundo o bispo “cristifica a evangelização, a nossa caminhada”, destacando que “Ele envia para anunciar que o Reino de Deus está próximo”, pois enquanto “o Evangelho fala da proximidade, o diabo da pandemia fala da distância, vai isolando as pessoas, machucando as pessoas”.

Na celebração da Missa do Crisma, “a Igreja de Cristo que se faz presente na celebração, Igreja que tem a missão de evangelizar, que tem a missão de testemunhar, que tem a missão de planejar para depois avaliar”, em palavras de Dom Zenildo. Trata-se de uma “eclesiologia que tem que colocar em nosso coração a simplicidade, a humildade, mas a garra missionária, o dinamismo missionário, uma eclesiologia que nos fala de uma Igreja ministerial”. Numa Prelazia onde as dificuldades fazem parte da missão do dia a dia, o bispo dizia que “nosso trabalho é difícil, chegar nas últimas comunidades, visitar o povão tão isolado e abandonado em nossos interiores, lagos e igarapés, isso não é fácil, porém é gratificante realizar”.

Ao refletir sobre a sinodalidade, Dom Zenildo afirmava que isso se traduz “numa Igreja que escuta, que conversa, que faz planejamento”. Segundo ele, “uma Igreja que, se é sinodal, ela vai ter um olhar para escutar as comunidades, as pastorais, os movimentos, vai dar prioridade aos conselhos pastorais, administrativos”. O bispo, que foi um dos padres sinodais no Sínodo para a Amazônia, lembrava que uma Igreja sinodal, é “uma Igreja que vai pensar naquilo que o Sínodo apontou, novos rumos, novos caminhos”.




Segundo o bispo local, “a sinodalidade nos coloca nessa perspectiva do novo, novos ministérios, novos caminhos, novo jeito de evangelizar, temos que encontrar, sobretudo na Amazônia”. Junto com isso, ele destacava que “essa sinodalidade, ela vem valorizar muitos as comunidades, faz um chamado a fomentar em nossas comunidades o espírito que tinha nas primeiras comunidades, a partilha, a sede por aprender o novo”, trata-se de uma Igreja que tem que “acreditar no protagonismo dos leigos”.

Depois do agradecimento do pároco local pela oportunidade de poder celebrar a Missa dos Santos Óleos na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré e São José, Dom Zenildo agradecia aos padres pela dedicação à missão na Prelazia de Borba, às irmãs da Vida Consagrada, às paróquias e comunidades que acompanhavam pelo rádio e pelas redes sociais, pedindo que o povo tenha cuidado com a saúde, e agradecendo à paróquia que acolheu a Missa do Crisma pelo empenho na preparação.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte 1

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