A paróquia Nossa Senhora de Nazaré e São José, na cidade de
Nova Olinda, acolheu nesta quinta-feira, 25 de março, a Missa dos Santos Óleos
da Prelazia de Borba, uma celebração que, segundo seu bispo, Dom Zenildo Luiz
Pereira da Silva, “reúne o presbitério, trata-se da unidade, da comunhão,
momento significativo para a Igreja local”.
Seguindo as leituras que a Liturgia da Palavra apresenta
para a celebração da Missa do Crisma, o bispo local destacava que “a saída à
situação do exilio está na comunidade que se reúne, louva, agradece e encontra
esperança para lutar”. Dom Zenildo, diante do momento tão difícil na sociedade,
no mundo inteiro, que estamos vivendo, fazia um chamado a “não perder a
esperança, a confiança, o dinamismo missionário, o profetismo da evangelização”.
O bispo da Prelazia de Borba, dizia para os sacerdotes
presentes na celebração que “abraçamos a causa e a Cruz do sacerdócio, trazendo
ao povo, oferecendo, o que vem do povo a Deus, testemunhando a esperança no
meio do povo do Senhor”. Não podemos esquecer, seguindo o Evangelho de Lucas, que
“Jesus traz para nós esse Espírito que dinamiza as comunidades”, insistia Dom
Zenildo, para quem “os destinatários da evangelização são os pobres, os
últimos, os esquecidos, algo que nos faz mais missionários e missionárias”.
Dom Zenildo Luiz Pereira da Silva destacava três elementos
que se fazem presentes na celebração da Missa dos Santos Óleos: o cristológico,
o eclesiológico e o sinodal. A cristologia, segundo o bispo “cristifica a
evangelização, a nossa caminhada”, destacando que “Ele envia para anunciar que
o Reino de Deus está próximo”, pois enquanto “o Evangelho fala da proximidade,
o diabo da pandemia fala da distância, vai isolando as pessoas, machucando as
pessoas”.
Na celebração da Missa do Crisma, “a Igreja de Cristo que se
faz presente na celebração, Igreja que tem a missão de evangelizar, que tem a
missão de testemunhar, que tem a missão de planejar para depois avaliar”, em palavras
de Dom Zenildo. Trata-se de uma “eclesiologia que tem que colocar em nosso
coração a simplicidade, a humildade, mas a garra missionária, o dinamismo
missionário, uma eclesiologia que nos fala de uma Igreja ministerial”. Numa Prelazia
onde as dificuldades fazem parte da missão do dia a dia, o bispo dizia que “nosso
trabalho é difícil, chegar nas últimas comunidades, visitar o povão tão isolado
e abandonado em nossos interiores, lagos e igarapés, isso não é fácil, porém é
gratificante realizar”.
Ao refletir sobre a sinodalidade, Dom Zenildo afirmava que
isso se traduz “numa Igreja que escuta, que conversa, que faz planejamento”.
Segundo ele, “uma Igreja que, se é sinodal, ela vai ter um olhar para escutar
as comunidades, as pastorais, os movimentos, vai dar prioridade aos conselhos
pastorais, administrativos”. O bispo, que foi um dos padres sinodais no Sínodo
para a Amazônia, lembrava que uma Igreja sinodal, é “uma Igreja que vai pensar
naquilo que o Sínodo apontou, novos rumos, novos caminhos”.
Segundo o bispo local, “a sinodalidade nos coloca nessa
perspectiva do novo, novos ministérios, novos caminhos, novo jeito de evangelizar,
temos que encontrar, sobretudo na Amazônia”. Junto com isso, ele destacava que “essa
sinodalidade, ela vem valorizar muitos as comunidades, faz um chamado a
fomentar em nossas comunidades o espírito que tinha nas primeiras comunidades,
a partilha, a sede por aprender o novo”, trata-se de uma Igreja que tem que “acreditar
no protagonismo dos leigos”.
Depois do agradecimento do pároco local pela oportunidade de
poder celebrar a Missa dos Santos Óleos na Paróquia Nossa Senhora de Nazaré e
São José, Dom Zenildo agradecia aos padres pela dedicação à missão na Prelazia
de Borba, às irmãs da Vida Consagrada, às paróquias e comunidades que
acompanhavam pelo rádio e pelas redes sociais, pedindo que o povo tenha cuidado
com a saúde, e agradecendo à paróquia que acolheu a Missa do Crisma pelo
empenho na preparação.
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