As crises são superadas
quando a gente se une, quando descobre caminhos comuns que nos ajudam a olhar o
futuro com esperança, superando as dificuldades e o desânimo, procurando
caminhos de reconciliação.
Diante de uma situação
que ninguém sabe por quanto tempo vai se prolongar, a união tem que ser
assumida como atitude primeira e fundamental. O Papa Francisco, em sua mensagem
ao povo brasileiro, a través dos bispos reunidos na 58ª Assembleia Geral da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, após dizer que o Brasil “enfrenta uma das provações mais difíceis
da sua história", afirmava que “podemos superar este momento trágico".
Para isso, ele fazia um apelo a "ser um instrumento de
reconciliação, ser um instrumento de unidade" como "a missão da
Igreja no Brasil". O convite do Papa Francisco deveria ir além da Igreja
católica e de todos aqueles que fazemos parte dela. Podemos dizer que é um
convite a toda a sociedade brasileira, cada vez mais dividida e enfrentada. A
pandemia conseguiu dividir ainda mais um país enfrentado, conseguindo assim
vencer a batalha. Se a gente quer vencer a guerra, temos que buscar caminhos de
união, de escuta mutua, de estratégias comuns.
Na mensagem final da
Assembleia os bispos do Brasil diziam que “são inaceitáveis discursos e
atitudes que negam a realidade da pandemia, desprezam as medidas sanitárias e
ameaçam o Estado Democrático de Direito”. Também reclamavam “atenção à ciência,
incentivar o uso de máscara, o distanciamento social e garantir a vacinação
para todos, o mais breve possível”, assim como auxílio emergencial.
São medidas que podem nos
ajudar a entrar em caminhos comuns, sustentados em atitudes de respeito. Só
quando a gente se respeita e aceita que pensar diferente não pode nos levar ao
confronto e sim ao diálogo, podemos avançar na superação de qualquer crise que
devamos enfrentar. A união nos faz mais fortes, a divisão nos debilita e
facilita nossa derrota.
É tempo de olhar o futuro
com esperança, de nos esperançar com a possibilidade de dias melhores e
esperançar aqueles que estão ao nosso lado, promovendo atitudes que nos unam e
nos fortaleçam. O inimigo da gente não são os outros, o inimigo da gente é um
vírus que tem que ser vencido, e isso só é possível com união, uma união que se
fortalece a cada dia, uma união que está além de religião, de posturas
políticas, de classe social.
Só se tomarmos
consciência de que somos humanos e de que nossa condição humana será o que vai
nos salvar, conseguiremos olhar o futuro com esperança, e a vida em plenitude
se tornará uma realidade para todos e todas. Nunca esqueça que juntos somos
mais!
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