Mauricio Lopez tem vindo a encerrar nos últimos meses
o seu serviço em favor da Igreja e dos povos da Amazônia, onde durante mais de
seis anos foi secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica e nos
primeiros meses da sua caminhada serviu como secretário interino da Conferência
Eclesial da Amazônia.
Para o atual coordenador do Centro de Programas de Ação
Pastoral e Redes do Conselho Episcopal Latino-americano - CELAM, "o
sentido de pertença à Igreja vai muito além dos serviços que prestamos ou dos
cargos que ocupamos". Na sua opinião, foram "anos de uma experiência
muito profunda da missão da Igreja neste território", quase 10 anos desde
a abordagem inicial com a Caritas Equador, onde começou um processo de
intercâmbio e aprendizagem mútua com o território amazónico.
Foram plantadas "as primeiras sementes de uma
rede territorial a nível do país (Equador) que incluía seis vicariatos, que se
expandiram gradualmente numa perspectiva Pan-Amazônica". Isto foi ajudado
por diferentes testemunhos, "como a Equipe Itinerante, casos como o CIMI
no Brasil, CAAAP no Peru, e outros", afirma Mauricio. Segundo ele,
"os serviços e a própria forma de acompanhamento foram gerados de acordo
com as necessidades pastorais que estávamos descobrindo juntamente com o
território e os povos que ali viviam, tanto com o povo como com a Igreja".
Nisto, Mauricio López descobre sobre a sua própria
missão que "estes são serviços que têm necessariamente um ciclo", e
que não é possível estar nestes serviços para sempre. É por isso que insiste
que "a validade das intuições do nosso discernimento e a qualidade dos
nossos serviços é confirmada quando cumprimos ciclos razoáveis, somos capazes
de nos mover para que outros tons, outros sinais venham, porque a Igreja é
muito rica em diversidade, e também deve ser multicolorida, tal como os
carismas, por isso é necessário saber quando é o momento certo para fechar um
ciclo e abrir um novo. Este é o próprio processo da vida”.
Aquele que foi seu secretário durante os seus primeiros anos de vida, recorda que "a REPAM nasceu de intuições muito marginais que se tornaram germinais, e em pedagogias que tinham sido consideradas periféricas, que se tornaram fundamentais para este momento, não só para a Igreja na Amazônia, mas talvez para a Igreja em maior escala".
Neste sentido, quando lhe perguntam o que aconteceria
se um dia a REPAM terminasse por qualquer razão externa ou interna, ele tem
consciência de que "nada aconteceria no sentido de perder a missão, uma
vez que a intuição foi do Espírito, e isto produziria, como no início desta caminhada,
a procura de novos caminhos, novas formas, respondendo às experiências
encarnadas, para acompanhar aqueles que vivem estas realidades
encarnadas". Por esta razão, afirma que "uma situação de conclusão,
ou a necessidade de encerrar um processo, chamar-nos-ia sempre a encontrar
outro novo caminho, como aconteceu com o nascimento da REPAM, ou outras
instâncias que são meios para a construção do Reino, nunca fins em si
mesmas".
"Não devemos ter medo de assumir serviços que são
gerados a partir da própria experiência de acompanhamento territorial e
partilha da caminhada com presenças encarnadas da Igreja", de acordo com
Mauricio Lopez. Na sua opinião, "os problemas que temos hoje nas várias
redes, que são fortes, acontecem com base num caminho já percorrido, numa
estrutura e num serviço já existentes, em prioridades definidas, numa grande
legitimidade, em relações institucionais, e mesmo no acesso aos recursos".
Pode-se dizer, nas palavras de Maurício, que "os
desafios atuais da REPAM fazem parte do seu ciclo de vida, mas já existem numa
expressão viva de um serviço eclesial relevante e significativo", e isto
significa que com "o tipo de problemas atuais, estamos sempre a
perguntar-nos, dia após dia, como continuar a ser fiéis ao discernimento
permanente e à realidade concreta que dos gritos dos pobres e da Irmã Mãe Terra
nos desafia".
O objetivo sempre foi claro para o primeiro secretário
executivo da REPAM, "ir a esses lugares complexos, onde talvez tenhamos de
começar a tecer, sempre com muitas mãos e muitos corações, sem muitas certezas,
para ir pouco a pouco avançando e abrindo novos caminhos. Às vezes dando passos
em frente e outras vezes para trás, sempre numa certa incerteza institucional,
insegurança no orgânico, mas que torna mais forte a fidelidade ao discernimento
no essencial, no pequeno, na encarnação que acontece na fragilidade".
Ao analisar a CEAMA, vê-a como mais um processo vivo,
porque "na realidade as primeiras conversas sobre a necessidade de um
organismo eclesial pan-amazônico surgiram na escuta do Sínodo, ou seja, meses
antes da Assembleia de Outubro de 2019", algo que era claro, forte,
evidente, segundo Maurício, tendo em vista uma estrutura "que respondesse
às necessidades de uma outra dimensão, e que superasse a perspectiva da identidade
da rede".
Na sua opinião, "a institucionalização da REPAM não era a saída, no seu discernimento e apelo fundacional deveria permanecer como uma rede com ligação direta ao território, e não institucionalizada. Portanto, dados os mandatos do Sínodo Amazónico, que vieram das vozes do próprio território na escuta do Sínodo, era evidente a necessidade de criar um organismo amplo em chave sinodal, mas certamente institucional para enfrentar alguns dos desafios mais complexos a longo prazo e com uma necessidade mais estrutural que a Igreja no território, e que as vozes do povo, tinham afirmado".
Neste caminho, recorda conversas com os Cardeais Hummes e Barreto e o fórum temático em preparação do Sínodo com o CELAM, onde foram dados os primeiros passos sobre a necessidade essencial de uma nova estrutura eclesial Pan-Amazônica com um papel de articulação. “Aí descobrimos também a forma de nomear esta proposta e a necessidade de a levar adiante com base no que ouvimos, pois precisava de ser confirmada e respondida pelo próprio Sínodo”.
Nas suas palavras, Mauricio recorda as propostas que
apareceram durante a escuta e no Sínodo, como o rito amazónico, algo "de
tal complexidade, de tão longo prazo, que necessita de uma estrutura de
substância, legitimada pela própria Santa Sé para poder levar a cabo este
processo". Também a Universidade Amazônica, os processos de formação
territorial, estruturados e a longo prazo, a forma de desenvolver e acompanhar
o diaconado permanente, o impulso aos novos ministérios e o diálogo com as
instâncias formais da Igreja a todos os seus níveis para poder torná-los
realidade.
Todos estes elementos, insistiu Mauricio,
"precisavam de uma estrutura em que fossem realizados com profundidade e
seriedade, para além das palavras e dos bons votos”. Tudo isto foi tratado na
sala sinodal, com a contribuição de diferentes participantes, porque "na
realidade havia um sentido desta necessidade". Para isso, recorda, "refletimos
juntamente com o Cardeal Barreto, Dom Miguel Cabrejos e alguns colaboradores
próximos, sobre como partilhar esta intuição que recolhemos da escuta anterior,
mas que tinha de ser devidamente apresentada na Sala Sinodal e através das
nossas intervenções".
A CEAMA, insiste Maurizio, "é o fruto de uma
necessidade explícita vinda do discernimento e da escuta atenta da necessidade
de realização dos desejos do território”. Segundo ele, "talvez alguns não
o tenham compreendido, e ainda têm dúvidas, mas para além dos receios, a
questão básica é como, quem e com que capacidades irá realizar algumas das
necessidades mais complexas e estruturais da Igreja no território, e confirmada
como um acordo no Sínodo".
Nas suas palavras ele insiste que "o que esta
experiência nos ensina é que, apesar das experiências vivas de enorme
plenitude, como foi o Monte Tabor para Jesus e os seus companheiros mais
próximos, a Transfiguração, onde há a tentação de permanecer no mesmo lugar e
colocar três tendas e permanecer, o apelo para continuar o caminho em direção
ao projeto que Deus nos está revelando é sempre mais forte". Podemos dizer
que "a nossa identidade e missão é para a construção do Reino, e para isso
devemos continuar sempre procurando novos caminhos que nos permitam
aproximar-nos dele".
Mauricio afirma que "o encerramento do meu ciclo na REPAM foi uma decisão tomada há anos, eu sabia que depois do Sínodo tinha de encerrar o ciclo, por coerência com o próprio processo, por cansaço, para deixar entrar outros ventos que dariam nova vida à rede como já está acontecendo e eu vivo-a com enorme gratidão e esperança".
Em referência ao nascimento da CEAMA, lembra-se da
primeira reunião, imediatamente após o final do Sínodo, com os Cardeais Hummes,
Czerny e Barreto em Santa Marta, onde se viu a necessidade de fazer avançar o
processo e de assegurar que esta nova estrutura proposta tinha a possibilidade
de nascer e de começar. Juntamente com outras instâncias, CLAR, Caritas Latino América
e CELAM, começaram a organizar o processo, onde desde o início assumiu o papel
de secretário interino, estando pronto para ser o tempo necessário até ao
nascimento da CEAMA, para ter condições para iniciar o seu itinerário, e para
acompanhar todo o processo de constituição do mesmo, no meio de fortes
resistências nos diferentes níveis.
Mauricio insiste que sempre se considerou como
"um servo, uma ponte, e sobretudo chamado a abrir caminhos à luz do
discernimento, apesar das minhas profundas limitações”. Neste sentido, sente-se
feliz com a transição e agradecido ao Padre Alfredo Ferro por ter assumido este
papel de secretário executivo da CEAMA numa base permanente. Na REPAM
continuará durante algum tempo como conselheiro e na CEAMA como delegado do
CELAM, onde coordena o Centro de Redes e Ação Pastoral, ao qual a própria CEAMA
está ligada, com a sua necessária autonomia.
Nas palavras de Mauricio López "as nossas vidas e
os nossos processos eclesiais são como os afluentes dos grandes rios, como a
convergência de processos sinodais sem precedentes que dão vida à Igreja, e que
não nos pertencem, que vêm de há quase 60 anos atrás do Concílio Vaticano II, e
da própria origem da identidade da nossa Igreja como o verdadeiro Povo de
Deus".
Na génese da CEAMA, a diferença com a REPAM é
explicada. Mauricio insiste que "há claramente um grau diferente de
institucionalização e outro tipo de dimensão e alcance no sentido eclesial, isto
é, sem precedentes, a propósito, porque não há nada no mundo como a CEAMA em
termos de conferência eclesial". Para ele, "na sua novidade, o
processo de tecelagem em conjunto é um belo e complexo desafio, e existe
claramente para assegurar que as moções do Espírito, confirmadas na assembleia
sinodal, que não poderiam ser realizadas sem uma instância como a CEAMA, sejam
levadas a cabo”.
Esta é a questão básica: "Seria possível realizar
algumas das 8 ou 10 propostas essenciais do Sínodo se não existisse a CEAMA?”.
Ele próprio responde que "claramente não". Ao mesmo tempo, chama-nos
a recordar que "o Sínodo propõe cerca de 150 propostas concretas. O
essencial é que cada um encontre o lugar certo e execute o que lhe corresponde,
e a CEAMA serve como articuladora e anima aquilo que sem ela não poderia ser
acompanhado em dimensão, estrutura e temporalidade".
Neste ponto cita o rito amazónico, que ele vê como
algo que poderia levar "20 anos de estudo profundo, processo, reflexão,
consulta, interação com o Vaticano, definição de processos", dado que
requer um grau de formalidade e identidade estrutural que só a CEAMA poderia
proporcionar. O mesmo com a Universidade da Amazônia, "que vai exigir
tempo, força, dedicação, longo prazo". Para Mauricio, "é natural
reconhecer que nenhum outro organismo poderia realizar iniciativas como estas
sem correr o risco de perder a sua própria identidade ou não fazer o que é essencial
para aquilo a que é chamado a servir, seja numa Igreja particular, num
organismo regional ou numa rede".
A CEAMA é também motivada pelo fato de "a REPAM
não poder deixar de ser uma rede articulada que escuta no território, que
integra esforços isolados, que responde de forma ágil e que denuncia e atua com
a liberdade própria de ser uma rede”. Quanto ao papel da CEAMA, é
"encorajar e acompanhar a realização da visão de Aparecida 2007, a de
animar um ministério pastoral conjunto na bacia Amazônica. Incentivar e promover,
não para controlar ou ser o organismo que implementa as ações, mas para ser
aquele que ajuda a integrar".
Trata-se de "procurar uma forma mais articulada
de fazer as coisas", algo em que a REPAM abriu o caminho, o que
"empurrou em áreas que também se encontravam na periferia". A CEAMA
vai "pensar em encorajar o caminho para um planeamento pastoral conjunto,
mas não para o executar como um todo, mas para encorajar cada instância
eclesial do território a participar e assumir a parte que lhe corresponde e
assim manter o caminho discernido no Sínodo".
Quanto à REPAM, esta "tem mandatos específicos no
Sínodo que só a REPAM pode e deve continuar fazendo". Entre eles, Mauricio
enumera "a defesa dos direitos humanos dos povos originários, o tema da
reflexão e acompanhamento dos povos em isolamento ou contacto inicial, o
observatório socio pastoral da realidade, os temas específicos da rede de
comunicações, e muitos outros", elementos que serão a grande contribuição
da REPAM para a Igreja da Amazônia no âmbito do plano pastoral que vai ser
implementado.
"Tornar a REPAM mais institucionalizada poderia
levá-la a responder muito menos eficazmente ao seu apelo identitário de ser uma
rede, articulando e respondendo às urgências com suficiente autonomia",
afirma Mauricio, que também afirma que "para a REPAM fazer outras coisas
de maior intensidade institucional significaria, possivelmente, abandonar a sua
identidade, e isto foi discernido em várias ocasiões e foi definido que deveria
continuar a ser esta rede insubstituível, tal como foi definida no seu
nascimento".
Não podemos esquecer que a REPAM faz parte do CEAMA
organicamente e como cofundadora da CEAMA, insiste Mauricio López. Os líderes da REPAM, o presidente,
vice-presidente e secretário executivo, fazem parte do Comité Executivo e da
Assembleia da CEAMA e têm, portanto, o papel de "tomar todas as
preocupações que são geradas nesta fase inicial, para assegurar que não haja
duplicação ou sobreposição de esforços, e, por outro lado, para encontrar os
caminhos particulares da REPAM e levá-los adiante". Ao eleger o secretário
executivo permanente da CEAMA, "procurámos alguém que pudesse conhecer em
profundidade a experiência da REPAM, que a amasse e sentisse no seu coração,
que fizesse parte de toda a caminhada feita na REPAM e no Sínodo", afirma
Mauricio.
No âmbito do plano pastoral pan-amazônico, a REPAM,
segundo o seu primeiro secretário executivo, "será confiada, a partir da
sua própria experiência, nos temas que lhe são mais próprios, a ser ela
própria, como REPAM. Neste sentido, considerou que "é garantido que o que
é próprio da REPAM continuará a ser realizado por ela, e acompanhado pela
CEAMA, e vice-versa".
Foi também garantido que "em todas as comissões da
CEAMA, mesmo naquelas que a REPAM não conduz, haverá alguém da própria REPAM
para assegurar esta devida ligação", bem como um bispo como parte da
identidade do CELAM, alguém da Vida Consagrada como parte da CLAR, da Caritas e
do território, ou seja, dos povos indígenas, camponeses e/ou agentes pastorais
"para garantir este esforço conjunto para um plano pastoral em conjunto,
onde cada um possa contribuir com o que tem e que não nos sintamos ameaçados
com o que os outros estão fazendo".
Neste sentido, Mauricio relaciona a sua preocupação
relativa aos receios e preconceitos iniciais sobre a CEAMA por parte de alguns
membros da Igreja, externos a ela, e da própria REPAM, algo que tem sido
gradualmente superado com o tempo, e que continuará sendo purificado enquanto a
CEAMA for fiel ao seu apelo, e a REPAM ao seu próprio, e que elas continuem
esta caminhada eclesial sem precedentes trabalhando em conjunto”.
Mauricio afirma que "para o nascimento e a
definição inicial da identidade da REPAM foi algo processual, foi uma pedagogia
do Espírito, o fato de que quando avançávamos, muito em breve, percebemos que
não fazia sentido falar sobre os povos originários, o território e a sua
identidade, sem que fossem eles a ter essa voz". Neste sentido, "o
Sínodo mostra toda uma evolução, um processo que levou todo esse tempo à REPAM
para discernir, compreender, abrir o espaço, esclarecer dúvidas, eliminar
receios de algumas instâncias, e criar espaços, porque estávamos colocando em
jogo o nascimento da própria rede. Tínhamos de assegurar que cada passo seria
coerente com a identidade fundadora, mas que abriria cada vez mais espaço para
a própria riqueza Amazônica, e que a continuidade de todo este processo poderia
ser garantida ao longo do tempo.
"Agora, a presença dos povos originários na REPAM
é cada vez mais orgânica, mais viva, mais diária, e embora ainda haja um longo
caminho a percorrer, tem sido um processo pedagógico muito bonito",
insiste Mauricio. Sobre este ponto, "para a CEAMA isto foi mais fácil,
porque a REPAM deixou uma escola neste sentido, bem como o próprio
Sínodo", o que motivou que desde o início fosse estipulada a necessidade
de ter representantes dos povos originários nos espaços de decisão da CEAMA.
Destaca também a presença de representantes da Vida Religiosa e dos leigos.
Mauricio refere-se a alguns questionamentos sobre a CEAMA,
que lhe parecem "legítimos no início, mas depois reparámos que também
havia uma posição de questionamento sem conhecimento da causa, ou sem ter em
conta as razões básicas que se baseavam no discernimento do Sínodo e no apelo a
novos caminhos".
Na CEAMA "foi necessário criar uma estrutura
estatutária que permitisse o nascimento desta nova estrutura sem precedentes,
apesar das muitas resistências dos que se opõem a alguns dos caminhos propostos
pelo Papa Francisco. Era necessário que nascesse e que pudesse de alguma forma
seguir os caminhos canónicos de aprovação, e que isto pudesse assegurar a sua
continuidade a longo prazo".
Na sua opinião "todos queremos avançar para uma
igualdade mais eficaz nos espaços, e neste sentido a CEAMA deu um passo em
frente da sua própria identidade e na sua composição, e noutras questões ainda
há um longo caminho a percorrer, mas o nascimento da CEAMA não poderia ser
posto em risco pela implementação de algumas questões que representam mais
complexidade". Finalmente, Mauricio comenta, "é uma proposta sem
precedentes, tendo em vista o longo prazo, mas que se enraíza na convicção de
que o que o Espírito revelou no discernimento do Sínodo, deve ser levado adiante,
mesmo que não no nosso tempo 'chronos', com a certeza absoluta de que o próprio
Deus está fazendo um caminho conosco neste Kairos".
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