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jovens do povo kokama participaram nos dias 29 e 30 de julho da formação da
Cáritas na paróquia São
Francisco de Belém de Solimões, diocese do Alto Solimões. Ao longo dos dias de
formação, eles foram conhecendo o que é a Caritas, começando pelo significado
da mesma palavra, como expressão coletiva do amor da Igreja, “a prática do amor
organizado”.
Partindo de texto do Evangelho, os jovens
indígenas foram analisando Como é o
amor de Deus? Desde a Caritas da diocese, que deu a formação, foi lembrado
que “as ações da Cáritas devem estar iluminadas pela Palavra de Deus e devem
ser reflexo do modo de amar de Jesus”. Depois foram apresentadas a missão da Cáritas
brasileira e as três linhas de ação da Cáritas diocesana: Emergência, Políticas
Públicas e Promoção humana.
Isso foi levado
para a realidade local, tentando descobrir situações de emergência presentes na
vida do povo (picada de cobra, incêndio de casas com a perda de todos os bens
das famílias, enchentes...), situações que demandam uma resposta rápida e
organizada. Ao falar das políticas públicas, foi explicada a importância da
participação cidadã, todos temos direitos e responsabilidades para com a
sociedade. Foi falado que “a Caritas tem que dar a conhecer os direitos e
deveres da população e promover ações que procurem o bem comum para todos, os
mais vulneráveis”.
No encontro foram
apresentadas as vidas do padroeiro da Cáritas, Dom Oscar Romero, e de alguns
mártires que lutaram e entregaram sua vida em defesa dos direitos dos mais
pobres: Ir Josefina Bakhita, Chico Mendes, Ir Dorothy Stang. Junto com
isso, ao falar sobre a Promoção Humana, foram trabalhadas algumas situações: jovem
em situação de dependência química, tráfico de pessoas, família em situação de risco
de exclusão social e cuidado com a natureza (promoção da roça sem queima).
Finalmente, se
trabalharam as atitudes ideais dos agentes da pastoral caritativa, os passos
para iniciar os grupos da Cáritas em suas comunidades, como organizar as
reuniões e o trabalho da pastoral. Tentando responder à realidade que faz parte
da vida dos participantes, se destacaram três ações a realizar de regresso nas
aldeias: convocar pessoas novas, jovens e adultos, para Cáritas; repassar a
formação a toda a comunidade; e montar o grupo Cáritas.
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