A Articulação Brasileira da Economia de Francisco e
Clara realiza nesta sexta-feira e sábado, 19 e 20 de novembro, o 2º Encontro
Nacional pela Economia de Francisco e Clara. Até o momento já são mais de 600
pessoas inscritas de todo o Brasil para participar desse momento.
Segundo os organizadores, o encontro foi pensado para
vivenciar experiências da Economia de Francisco e Clara. Também pretende consolidar
que em cada estado e cidade do país haja pessoas organizadas em construir o
pacto do Papa Francisco para “realmar” a Economia.
As atividades vão começar na noite da sexta-feira, das
20 às 22 horas, no horário de Brasília, momento em que depois da abertura e uma
apresentação da memória coletiva, Dom Joaquim Mol, bispo auxiliar de Belo
Horizonte (MG), Eduardo Brasileiro, da Articulação Brasileira da Economia de
Francisco e Clara, e um representante dos Movimentos Populares vão refletir sobre
a temática do dia, “Coletividade, Memória e Afeto”.
Essa primeira jornada vai contar com as falas
inspiradoras do jesuíta e economista francês, Pe. Gael Giraud, e de uma das
políticas com mais longa carreira política no Brasil, Luiza Erundina. O
primeiro dia vai ser encerrado com a Celebração das Luzes em Brumadinho (MG),
local de um dos maiores crimes ambientais na história do Brasil, com a presença
de Dom Vicente Ferreira, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG).
No sábado 20 de novembro, das 10 às 12 horas, será
abordado o tema “Potencializar o Território”, buscando a consolidação das
Organizações Territoriais e a consolidação de encontros regionais. Também serão
escutadas vozes da Economia de Francisco e Clara em cada região do país e serão
apresentados os 10 princípios para se viver a Economia de Francisco e Clara.
Na parte da tarde, a reflexão será sobre as práticas econômicas
alternativas para a construção da Economia de Francisco e Clara. Dentre outras
a Economia Solidária, os Bancos Comunitários e Moedas Sociais, o Cooperativismo
auto gestionário, as Empresas recuperadas, o Trabalho dos catadores de material
reciclável, a Convivência com o Semiárido, a Agroecologia e Soberania Alimentar,
a economia agrourbana e Caritas. As falas inspiradoras contarão com a presença
do economista e político equatoriano, Alberto Acosta, e da ex-ministra e
ex-senadora, Marina Silva. Nessa sessão será abordada como concretizar as Casas
de Francisco e Clara
A noite do sábado será momento de esperançar, com as
falas inspiradoras da líder indígena Sônia Guajajara e o teólogo Leonardo Boff,
que abordarão a questão de como construir uma nova economia até 2030 e a
construção brasileira da Economia de Francisco e Clara no mundo da pós
pandemia. O encontro será encerrado com uma Celebração Ecumênica e a Carta compromisso
da Economia de Francisco e Clara.
Segundo a Ir. Michele Silva, da Articulação Brasileira
da Economia de Francisco e Clara é motivo de alegria estar construindo desde há
dois anos a Economia de Francisco e Clara no Brasil, o que “nos motiva a esperançar”.
O encontro quer retomar “o caminho iniciado pelos jovens chamados pelo Papa
Francisco a realmar a Economia, e de cada pessoa que acredita numa lógica
econômica que esteja ao serviço da vida”.
Trata-se, segundo a religiosa de “a partir da realidade
pensar, debater e concretizar novas economias”. Ela conta a experiência da
Amazônia Legal e do Regional Norte 1 da CNBB, onde “por meio da reflexão, da
escuta, de ações para o cuidado da casa comum, o acesso à garantia dos direitos,
à terra, trabalho e teto, e de transformação da lógica económica capitalista”.
A Ir. Michele afirma que “procuramos construir a
Economia de Francisco e Clara com o rosto amazônico, tecido pelas economias
alternativas que já existem: solidária, das mulheres, indígena, ribeirinha, dos
pescadores, e que precisam ser formatadas, subsidiadas para inspirar um novo
estilo de vida e de consumo”. Ela insiste em que “acreditamos numa economia que
gera vida, igualdade e sustentabilidade”.
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