A proteção das crianças, adolescente e vulneráveis é uma das
prioridades da Igreja, uma das grandes insistências do Papa Francisco. A Igreja
do Brasil criou em dezembro de 2020 o Núcleo Lux Mundi, uma parceria entre a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Conferência dos Religiosos do Brasil
(CRB).
Para a Igreja brasileira é fundamental enfrentar todos os casos
de violências sexuais em crianças, adolescentes e vulneráveis, cometidos por
presbíteros, religiosos (as), formandos (as), seminaristas e leigos.
O propósito do Núcleo Lux Mundi é buscar auxiliar as
dioceses na aplicação de políticas para prevenção e encaminhamentos
relacionados à chaga dos casos de abusos sexuais na Igreja. Também formar e
educar os conselhos diocesanos e religiosos, por meio de capacitações e
itinerários orientativos personalizados. Para avançar nesse caminho, promoverá
o curso de capacitação regional “O Serviço de proteção: as constituições e
atribuições”.
A Igreja católica no Brasil, segundo Dom Walmor Oliveira de
Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte e presidente da CNBB, avança no
fortalecimento de mecanismos e ações para proteger ainda mais os pequeninos. O
agir se inspira na palavra de ordem ‘Tolerância Zero’ em relação a violência!
O curso, dividido em cinco sessões, acontecerá em modalidade
online de 29 de novembro a 14 de dezembro e está destinado aos membros dos
Conselhos Diocesanos de Proteção à Crianças e Adolescentes, como também para
delegados das respectivas dioceses. O Brasil será dividido em dois grupos, o
primeiro vai atingir a Região Norte e Nordeste do país, e o segundo o restante
das regiões.
Segundo Dom José Negri, bispo de Santo Amaro (SP) e
presidente da Comissão Especial de Proteção da Criança e do Adolescente da CNBB,
“será uma excelente oportunidade de encontro com diversos especialistas que
aliados à Igreja contribuem educativamente nas mais variadas frentes e
dimensões do indivíduo. Desde os últimos papas até o Papa Francisco, sempre
tivemos essa ideia clara: Que as nossas Igrejas, nossos ambientes eclesiais
precisam estar preparados para terem realmente uma segurança e as crianças,
adolescentes e vulneráveis possam se sentir protegidos”.
Durante oito horas e meia, que é a carga horária do curso,
serão apresentados procedimentos para implementação de serviços de prevenção e
combate ao abuso sexual nas estruturas pastorais da Igreja Católica, Dioceses e
Congregações Religiosas com a função de cuidado e proteção empenhando-se em
duas frentes: prevenção e Centro de Escuta.
Entre os assessores do curso, o consultor jurídico da CNBB,
dr. Hugo Sarubi Cysneiros, o bispo auxiliar de Brasília (DF), dom José
Aparecido, a doutora em Bioética Daiane Priscila, a doutora em Direito Danielle
Espezim, e o doutor em Teologia Moral padre Celito Moro.
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