Promover diálogos a partir da realidade educativa do Brasil
à luz da fé cristã, buscando caminhos de humanismo integral e solidário. Esse é
o objetivo da Campanha da Fraternidade 2022, que como aconteceu em muitas
cidades do Brasil, tem realizado sua abertura na Arquidiocese de Manaus, em uma
celebração presidida por Dom Leonardo Stenier, e que contou com a presença dos
bispos auxiliares, Dom José Albuquerque e Dom Tadeu Canavarros, assim como
representantes do clero, da Vida Religiosa e das pastorais e movimentos da
Arquidiocese.
A celebração aconteceu no Instituto de Educação do Amazonas,
instituição de ensino que acompanha a vida da capital do Amazonas há 130 anos,
onde foi colocado o papel da educação como “serviço indispensável à vida”. Dom
Leonardo iniciou suas palavras lembrando o convite do Papa Francisco ao jejum e
a oração nesta Quarta-feira de Cinzas, pedindo pela Paz na Ucrânia, insistindo na
importância de educar para a Paz.
A celebração foi momento para denunciar tudo aquilo que está dificultando a educação no Brasil, chamando os presentes a refletir e pedir perdão pela indiferença diante disso. Dom Leonardo chamou a assumir o espírito da Quaresma, “caminharmos com Jesus que sofrem Jesus das dores, Jesus Crucificado”, insistindo em que todo caminho conduz à Ressurreição, à vida nova em Jesus.
O arcebispo definiu a Quaresma como tempo de transformação,
de conversão, de jejum, de esmola, de oração, como um tempo para refletir sobre
a educação, que “é tão importante na nossa vida”, como algo que “vai nos
introduzindo na vida”, que nos ajuda a ir descobrindo “valores que dão direção
à nossa vida”, a ir percebendo “quais são dimensões maiores e necessárias para
podermos viver e viver com dignidade, justiça, amor e paz”.
Dom Leonardo também fez referência à educação na fé, a
despertar para relações profundas, necessárias, relações realizadoras. O
arcebispo destacou que “toda educação deseja ser o caminho da dignificação, da transformação,
o caminho da fraternidade, do amor, da justiça e da paz”. Por isso, chamou as
comunidades e as escolas a refletir a Campanha da Fraternidade, a gerar espaços para “uma educação humana, não apenas informativa,
mas transformativa, uma educação que nos leva a sermos mais pessoas, mais
humanos”.
Ele chamou a refletir sobre o descuido que hoje acontece com
a educação, especialmente a educação pública. Às escolas católicas, o arcebispo
as chamou a promover uma educação não apenas na fé, mas na cidadania.
Finalmente, Dom Leonardo lembrou da Mensagem do Papa Francisco com motivo da
Campanha da Fraternidade, onde ele lembrou da importância da educação. Uma
oportunidade para descobrir a educação como instrumento de elevação da pessoa, a
pessoa que se sente de novo dignificada, inserida e não condenada à morte,
segundo o arcebispo.
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