sexta-feira, 11 de março de 2022

Igreja Sinodal: TVs católicas aprofundam na reflexão sobre a Sinodalidade


Estreia neste sábado 12 de março o Programa Igreja Sinodal, que será exibido semanalmente nas TVs da inspiração católica. O objetivo é repercutir assuntos ligados à primeira Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe e aprofundar as reflexões do Sínodo sobre Sinodalidade. A escolha da data de estreia do programa quer também lembrar os 9 anos de eleição do Papa Francisco, em 13 de março de 2013.

Ao longo de 30 minutos, o coordenador-geral da Pascom Brasil e membro da equipe de comunicação do Anima PUC Minas, Marcus Tullius irá dialogando com especialistas que ajudarão a refletir sobre a sinodalidade. Na estreia, os convidados são o teólogo Pe. Francisco de Aquino Junior, presbítero da diocese de Limoeiro do Norte (CE) e doutor em Teologia, que refletirá sobre a inspiração do nome do programa Igreja Sinodal e a também doutora em Teologia e professora da PUC-Rio, Maria Clara Bingemer, sobre os 9 anos de pontificado do Papa Francisco.

Segundo os organizadores do programa, ele terá exibição inédita pela TV Horizonte todos os sábados, às 8h30, sendo também veiculado pela TV Pai Eterno todos os sábados, às 14h30. A TV Aparecida exibe o primeiro programa no 15 de março, excepcionalmente, às 23h, e a partir de 22 de março, todas as terças-feiras, às 22h30. A Rádio América, de Belo Horizonte, também exibe o programa todas as quartas-feiras, a partir de 16 de março, às 20h30. Todos os horários são no horário de Brasília.




O programa tem como base a reflexão do Serviço Teológico-Pastoral, um grupo de trabalho atento às questões pastorais na realidade latino-americana e ao magistério do Papa Francisco. Um dos membros do grupo é o professor da Faculdade Jesuíta (FAJE) e doutor em Teologia, Padre Geraldo Luiz De Mori SJ, que junto com um grupo de teólogos e pastoralistas, provocados pela Primeira Assembleia Eclesial da América Latina e do Caribe, começou a se reunir para pensar juntos como participar do processo de recepção da Assembleia na Igreja do Brasil, contribuindo com isso à "reforma" eclesial querida pelo Papa Francisco e aos processos sinodais que ele tem implementado na Igreja.

Segundo o professor da FAJE, “o grupo organizou um seminário com alguns dos representantes do Brasil na Assembleia e vem se reunindo todas as semanas para pensar não só a divulgação dos resultados da Assembleia, mas também as questões que ela levanta ao conjunto da Igreja”.

Nesse sentido, podemos dizer que o programa e a reflexão que está sendo realizada desde o Serviço Teológico-Pastoral, pode ajudar nos passos a serem dados no processo pós Assembleia Eclesial. Na mensagem publicada pelo Conselho Episcopal Latino-americano (Celam) no dia 4 de março, foi explicado o itinerário que deve seguir a Assembleia Eclesial e os passos que o organismo deve dar na realização do Sínodo sobre a Sinodalidade.



O ponto de partida está nos 41 desafios pastorais propostos pela Assembleia Eclesial e as 200 orientações pastorais nascidas do processo de discernimento, algo que deve ser concretizado até o mês de maio pela Equipe de Reflexão Teológica do Celam.

O Celam considera o processo da Assembleia Eclesial como um processo de mudança paradigmático. Mas para avançar se faz imprescindível o envolvimento das Conferências Episcopais do continente e das organizações adscritas ao Celam, buscando assim avançar em sua implementação

A Assembleia Eclesial é vista pelo Celam como um processo ligado ao Sínodo sobre a Sinodalidade, buscando avançar, desde a complementariedade e o enriquecimento mútuo, nos vínculos de comunhão episcopal na perspectiva da eclesialidad.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

 

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