O Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de
Crianças e Adolescentes, o 18 de maio, é um marco de luta contra um crime
presente na sociedade brasileira. O grande desafio é a sociedade tomar
consciência dessa realidade que atinge a muitas crianças e adolescentes.
Junto com organismos da sociedade civil e do poder público,
diferentes pastorais, movimentos e organismos eclesiais tem participado das
mobilizações neste 18 de maio. Tabatinga, Anori, Santa Isabel do Rio Negro, Manaus,
foram algumas das cidades onde a Caritas, Pastoral da Criança, Pastoral do
Menor, Pastoral da Criança, Pastoral do Migrante, Rede de Enfrentamento ao Tráfico
de Pessoas na Tríplice Fronteira, Rede um Grito pela Vida, tem realizando
diversos atos de conscientização.
Diante do abuso e a exploração sexual de crianças e
adolescentes, a campanha Faça Bonito, proteja as crianças e adolescentes, quer,
segundo a Ir. Roselei Bertoldo, “chamar atenção da sociedade para um crime que
tira os sonhos, viola a vida de tantas crianças e adolescentes”. A secretária
executiva do Regional Norte1 afirma que “mobilizar a Igreja para que abrace
essa causa é de fundamental importância, pois quando a vida é ferida em sua
dignidade, somos convocadas a cuidar, proteger, falar em nossos espaços sobre
esse crime e sobretudo fazer um trabalho de prevenção, bem como de denúncia e
incidência junto aos órgãos competentes”.
Segundo a religiosa, que faz parte da Rede um Grito pela
Vida, “precisamos nos sentirmos responsáveis, prevenir e enfrentar esse crime
que é um monstro na vida de tantas meninas e meninos”. Ela insiste em que “toda
criança tem direito a uma vida digna, sem violência, crescer brincando,
estudando, sendo bem cuidada, protegidas”.
Uma das lutas daqueles e aquelas que se emprenham no combate
ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes no Estado da Amazonas é
a criação do Centro Integrado de Atendimento à criança e ao adolescente vítimas
ou testemunhas de violências no Estado.
Segundo Sandra Loyo, que também faz parte da Rede um Grito
pela Vida e integra o Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra
crianças e adolescentes, esse centro “tem o objetivo de reunir em um mesmo
espaço de funcionamento, diversos serviços públicos das áreas da Segurança
Pública, Instituto Médico Legal, Saúde, Assistência Social e ofertar um
atendimento integrado as vítimas”. Ela lembra que “a implantação do Centro
Integrado atende ao disposto na Lei nº 13.431/2017, ‘Lei da escuta’, garantindo
atendimento integral, evitando a revitimização de crianças e adolescentes, que
além de trazer muito sofrimento à vítima, retarda a ajuda que precisa ser
imediata e adequadas para crianças e adolescentes”.
“O princípio da prioridade absoluta determina que crianças e adolescentes sejam tratados pela sociedade e em especial, pelo Poder Público, com total prioridade pelas políticas públicas e ações do governo”, insiste Sandra Loyo, recolhendo o colocado no artigo 227 da Constituição Federal. Por isso, ela afirma que “será um grande marco na história do Amazonas a criação e implantação do Centro Integrado, um grande legado para nossas crianças e adolescentes”.
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