Não receber “recursos financeiros, em moeda ou em outros bens, de políticos, de madeireiras, de empresas de mineração, de exploração de petróleo e gás”. Esse é o decreto de Dom José Ionilton Lisboa de Oliveira, Bispo da Prelazia de Itacoatiara, dado a conhecer no dia 05 de maio de 2022.
Segundo o decreto, dirigido aos padres e coordenadores e coordenadoras
de Comunidades, Pastorais, Organismos, Grupos e Movimentos, “contribuem para o
desmatamento e a expulsão de suas terras dos indígenas, quilombolas, ribeirinhos
e pequenos agricultores”.
O Decreto está inspirado na afirmação do Papa Francisco
recolhida em Querida Amazônia, onde diz que “não podemos excluir que membros da
Igreja tenham feito parte das redes de corrupção, por vezes chegando ao ponto
de aceitar manter silêncio em troca de ajudas econômicas para as obras
eclesiais”.
O Papa Francisco recomenda “prestar uma atenção especial à
procedência de doações ou outro tipo de benefícios”, assim como ficar atentos à
injustiça e crime que se faz realidade nas “operações econômicas, nacionais ou
internacionais que danificam a Amazônia e não respeitam o direito dos povos
nativos do território e sua demarcação, à autodeterminação e ao consentimento
prévio”. Tudo isso com a colaboração das autoridades.
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