domingo, 8 de maio de 2022

Conceição Silva: “Nós mulheres, pastoras, temos que ter o amor por cada um dos nossos filhos”


No quarto domingo do Tempo Pascal, Conceição Silva, coordenadora das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus, nos diz que o Evangelho desse dia “nos fala sobre o Bom Pastor, o pastor que cuida das ovelhas, o pastor que ama as suas ovelhas”.

Ela vê isso em Jesus, “o pastor que conduz as suas ovelhas”, falando de pastor e pastoras, “as mulheres são boas pastoras também”. Se referindo à realidade, Conceição Silva afirma que “nós podemos ver nas comunidades, nas áreas periféricas, nos movimentos, sempre as mulheres são as que conduzem, são as lideranças. Elas cuidam dessas ovelhas com amor de mãe”, algo que lembra no dia em que o Brasil comemora o Dia das Mães.

Para elas, “vai essa mensagem de amor, de afeto, de cuidado, cuidado com a vida, cuidado com os filhos, cuidado com os pais, cuidado com os organismos que participam, cuidado com o trabalho”, destaca. Segundo a coordenadora das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus, “essas são as mulheres batalhadoras, são mães, que muitas vezes são mãe e filho, às vezes a família inteira, às vezes a avô que cuida do filho, do neto, mas são mulheres guerreiras, que durante todo o dia trabalham, e quando chega a noite vão cuidar dos filhos, dar carinho, dar amor”.



Segundo ela, “essa é uma grande mensagem de Jesus, que nós mulheres, pastoras, temos que ter o cuidado e o carinho, temos que ter o amor por cada um dos nossos filhos e as nossas atividades”. A coordenadora das Pastorais Sociais da Arquidiocese de Manaus, “para que aconteça a construção de um novo Reino, é necessário lutar, é necessário ter esperança”.

Conceição Silva coloca um exemplo, de alguém que considera um exemplo de mãe, com uma doença degenerativa, que tem um filho autista e hiperativo. Ela conta que “essa mãe, para que seu filho tenha todo o carinho, toda a atenção, ela passa a noite inteira acordada porque ele não consegue dormir”, acompanhando-o a madrugada inteira para evitar dar remédios fortes para ele. Só dorme o tempo que ele dorme, algo que se repete todas as noites.

Isso é visto por Conceição como um amor de mãe, de mulher que cuida, uma mulher que está sempre a disposição de dar carinho, de dar afeto. No Dia das Mães, ela quer homenagear todas as mães, “as mães negras, as mães indígenas, as mães ribeirinhas, e todas as mães enfim”. Por isso, ela deseja: “parabéns, somos todas vencedoras”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Nenhum comentário:

Postar um comentário