domingo, 15 de maio de 2022

Ir. Michele Silva: “Compromisso de um amor que se torna prática concreta de transformação”


Vivenciar o Mandamento do Amor em comunidade, é o convite que a liturgia do 5º domingo do Tempo Pascal, segundo a Ir. Michele Silva. Ao comentar a primeira leitura, a religiosa destaca como “Paulo e Barnabé encorajam as Comunidades a permanecerem unidas e firmes na fé apesar de todos os sofrimentos que enfrenta!”

“O salmista nos apresenta a ternura de Deus, que abraça toda a criatura! Um amor de Deus que Pai e Mãe”, afirma a referencial da Rede um Grito pela Vida no Regional Norte1. Um Deus amoroso que também se faz presente na segunda leitura, “que vai morar no meio do seu povo! Vai enxugar toda a lagrima e que também promete construir um novo céu e uma nova terra!”

O Mandamento do Amor é o núcleo da passagem do Evangelho de João deste domingo: “amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei, e por esse amor seremos reconhecidas como discípulas amorosas! E construiremos um novo céu e uma nova terra”, destaca a religiosa do Imaculado Coração de Maria.

Analisando a passagem, ela afirma que “esse Evangelho, ele nos desafia, nos desacomoda, nos faz construir um novo pensamento, uma nova forma de ser Igreja, em comunidades amorosas, essa é a proposta de Jesus. Mas ao mesmo tempo é um desafio muito grande, como construir esse caminho de amor nas comunidades que são feridas, machucadas, as pessoas que perderam a esperança, que não conseguem tecer relações amorosas”.



A religiosa também vê isso como “um grande desafio colocado para nós, como Mulheres, como lideranças, de fomentar esse caminho, de construir a civilização do amor através do nosso próprio testemunho, das pequenas iniciativas de transformação da realidade”.

Diante dessa realidade, a Ir. Michele afirma que “nós sabemos que é possível construir um caminho de circularidade, um caminho de relações amorosas onde todas as pessoas tenham lugar, tenham voz, onde todos e todas sejam respeitadas nos seus direitos. Mas cabe a cada um e cada uma de nós também fazer a sua parte para transformar essa realidade”.

Segundo ela, “Jesus não teve uma relação intimista com o pai, era uma relação amorosa que se transformava em ação concreta no meio do povo, esse é o caminho que nós temos para trilhar como Igreja e sociedade, construir o discipulado de iguais na transformação da realidade, que todas e todos possamos assumir esse compromisso de um amor que se torna prática concreta de transformação”. Para isso pede a inspiração da Divina Ruah nesse caminho transformador.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

Um comentário:

  1. Michle, Obrigada pela tua rica reflexão quinto domingo. Gosto muito de tua fala.
    Abraço carinhoso. Ir. Te

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