sábado, 28 de janeiro de 2023

Nazaré Silva: Desafiados a “ter um olhar humano para com a dor do outro”


O Evangelho é sempre atual, Palavra viva, que se concretiza no tempo atual. Daí as palavras da jovem Nazaré Silva ao comentar a passagem das Bem-aventuranças no Evangelho de Mateus, que a Liturgia da Palavra deste 4º Domingo do Tempo Comum nos apresenta: “Bem aventurados os povos indígenas, em especial os Yanomami; Bem Aventurados os povos do campo; Bem Aventurados os ribeirinhos; Bem aventurados os roraimenses;  Bem aventurados os Amazonenses; Bem aventurados os migrantes; Bem Aventurados todos os fiéis que compõem o Regional Norte I; Bem aventurados todos os de puro coração, que se dirigem ao senhor Jesus Cristo”.

A jovem da Diocese de Roraima, nos faz ver que “a liturgia do 4º domingo do Tempo Comum nos interpela a uma ação concreta: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus".

Em suas palavras, Nazaré faz memória “de todas as pastorais e movimentos que atuam diretamente com os grupos vulneráveis: Pastoral da Criança, Pastoral Indigenista, Pastoral do Migrante,  Pastoral do Menor, Cáritas, CPT (Comissão Pastoral da Terra), dentre outras”.



Também nos lembra que “no ano que a Igreja do Brasil nos convida a refletir sobre a Fome a partir da Campanha da Fraternidade, que tem por lema ‘Dai-lhes vós mesmos de comer!’, nos apresenta como inquietação o enfrentamento da fome: como podemos nos calar em um país como o Brasil, líder mundial na produção de alimentos, dadas pessoas sem alimento na mesa? Como podemos admitir que pessoas, famílias e até comunidades inteiras passem fome?”.

Nazaré lembra do acontecido na última semana em Roraima, destacando que “nesta semana, em que nossos olhares se voltam aos povos Yanomami, que sofrem com a fome a doença, decorrente do garimpo ilegal em terras indígenas, crianças, mulheres, homens e idosos encontram-se em estado de dor, somos convidados e convidadas, para que nos espaços que ocupamos (trabalho, escola, universidade, pastoral, catequese, dentre outros),  a provocar reflexão a respeito das estruturas injustas da sociedade, a ter um olhar humano para com a dor do outro, a necessidade de boas práticas como a Economia de Francisco e Clara”.

Um texto que nos ajuda a ter certeza de que “quando cuido do outro, estou cuidado de mim”, nos convidando a que “sejamos sal e luz nos espaços que ocupamos”.



Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1

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