sábado, 18 de fevereiro de 2023

7º Domingo Tempo Comum: “Nossa condição humana mais bonita, sermos pessoas livres, capazes de fazer escolhas”


No 7º Domingo do Tempo Comum a Palavra de Deus nos faz um convite tão bonito, “o de percorrermos um caminho de santidade e de perfeição”, afirma a Ir. Cidinha Marques.

A religiosa coloca que “a primeira tentação que temos é de pensar a perfeição como a condição de não errar, de fazer tudo certo, dentro dos nossos princípios e aprendizados do que é ser perfeito e isto já é uma dificuldade, pois nos engessa, aprisiona e impede a nossa condição humana mais bonita, de sermos pessoas livres, capazes de fazer escolhas”.

Segundo a Ir. Cidinha, “o mundo tem sua concepção de perfeição que nos orienta para a estética, a beleza, modelos de comportamento, de corpo, e isso comporta rituais de regimes, de observâncias corporais, exercícios, incensados por uma ideologia que exclui a diversidade, a originalidade, as diferentes possibilidades de sermos quem somos, de viver a vida e a fé”.

Comentando as leituras, a religiosa Catequista Franciscana afirma que “nos falam da santidade que tão bem tem nos ensinado o papa Francisco, a capacidade de sermos profundamente humanos e humanizados, pessoas que desde dentro, das entranhas fazem um movimento de ser no mundo contradição: ‘Amar o próximo como a si mesmo’, que nos é proposto com questões práticas, não ter ódio no coração, não procurar vingança, guardar rancor, e, o Evangelho vai nos colocando em um novo caminho, o da reconciliação, de ir além do que se é esperado, amar não só os amigos, mas também os inimigos, rezar por quem nos persegue e esta atitude aprendemos do próprio Deus que faz o sol nascer sobre bons e maus e a chuva cair sobre justos e injustos”.  



“Esta reviravolta a nós pedida é o caminho do discipulado, certamente que temos tempo de bonança desta vivência e muitos momentos de recaída”, afirma a Ir. Cidinha. Segundo ela, “precisamos começar sempre de novo, a cada dia, a cada amanhecer, bebendo desta fonte de vida e liberdade que nos é dada, de sermos  santuário, casa e morada do Espirito de Deus”. Seguindo a segunda leitura, a religiosa destaca “um Deus tão grande que nos escolhe como seu santuário, seu sacrário, a ser cuidado, amado, em nós e em quem nos rodeia”.

“O caminho da santidade e da perfeição, então por mim não  compreendido como o  caminho de quem não erra e desafina, é sim o caminho  de pessoas humanizadas que escolhem viver o amor e por amor, vencendo assim o ódio, a divisão, a vingança e tudo aquilo que nos afasta uns dos outros e de toda a criação”, segundo a Ir. Cidinha. Ela recordou as testemunhas desta vivência: Francisco de Assis, irmã Dulce dos pobres, irmã Dorothy, o Papa Francisco, Ailton Krenak, lideranças de nossas comunidades, catequistas, mulheres e homens de bençãos para o mundo.

Finalmente, a religiosa pediu “que sejamos pessoas amorosas e reconciliadas, bondosas e compassivas, podendo assim cantarmos: Bendize ó minha alma ao senhor, pois ele é bondoso e compassivo!”.


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