No 4º
Domingo da Quaresma é celebrado o Domingo da Alegria, nos lembra a Ir. Rose
Bertoldo no comentário ao Evangelho desse dia, afirmando que “nos alegramos,
pois a festa da Páscoa se aproxima”.
Segundo a
religiosa, “a liturgia deste domingo nos faz perceber o grande amor de Deus
para com toda humanidade e se revela em forma de luz: ‘somos reflexos da luz,
filhos da luz, e o fruto da luz é bondade, justiça, verdade’”. Ela destaca que “o
Evangelho deste domingo nos põe em contato com Jesus que traz Luz. Ele não só
se revela como Luz, mas, se revela através do toque, traz a luz presente
naquele homem que não podia ver a luz do dia, pois era cego”.
A
Secretária Executiva do Regional Norte1 da Conferência Nacional dos Bispos do
Brasil, ressalta que “essa cegueira é a que impede de vermos a luz. Somos cegos
quando nós nos fechamos em nós mesmos, quando não sentimos a dor do outro,
quando olhamos e não conseguimos ver as tantas realidades de sofrimento de
tantas crianças, adolescentes, jovens, mulheres e homens vítimas das mais
cruéis realidades, da fome, da falta de moradia digna, falta de acesso à
educação, saúde de qualidade”.
Continuando
com os exemplos de cegueira a Ir. Rose vê que “somos cegos quando nos tronamos
intolerantes, preconceituosos, insensíveis, negativos... e resistimos em
perceber a luz que habita naquele que pensa e sente de maneira diferente da
gente”. Ela destaca que “Jesus é a Luz que toca, um toque que cura da cegueira
e que põe a caminho, quero destacar a importância do contato físico na cura das
pessoas”.
A religiosa
afirma que “o contato com o outro, outra, nos faz despertar, cura, alivia a
dor, o sofrimento, o toque nos unem num profundo caminho de comunhão. Jesus ao
longo de sua vida tocava pessoas feridas, quebradas, machucadas, aliviando suas
dores, com seu toque restituía a dignidade a vida, restituía a vida”.
Em relação
ao texto, ela destaca que “Jesus diz ao cego que se rebele, que não permaneça
cego à beira do caminho, que veja por si mesmo, que construa sua própria vida,
que não dependa de ninguém, ele mesmo põe barro nos olhos do cego, terra com
saliva, e lhe diz vá, veja, não tenha
medo, assume seu destino, seja protagonista de sua vida. Jesus não cria
dependência, quer que as pessoas sejam livres, autônoma que ele seja autor de
sua própria vida, inclusive correndo riscos de ser rejeitado”.
Finalmente,
a Ir. Rose mostra que “neste domingo da alegria somos convidadas a sermos luz,
curandeiras das dores, dos sofrimentos, nos aproximando das pessoas feridas”. Junto
com isso, “o convite a aguçar nosso olhar para sentir o outro o qual eu me
torno próxima. Com nosso toque, nosso abraço, nossa escuta atenta sermos
presença amorosa de Deus que alivia todas as formas de sofrimento que existe na
humanidade”.
“Na certeza
de que o Senhor é o Pastor que nos conduz, e por isso não nos falta coisa
alguma. Sejamos luz”, conclui a Secretária Executiva do Regional Norte1 da
CNBB.
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