Com
motivo da Solenidade do Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, a Ir. Cidinha
Fernandes afirma que “certamente muitas memórias retornam a nós: as caminhadas,
os ramos verdes, muitas vezes medicinais, carregados por nossos pais, avós; a
intrigante imagem do jumentinho, o contraste de uma entrada triunfal em
Jerusalém em que Jesus é aclamado rei do universo, seguida logo depois com a
proclamação da paixão do Senhor”.
A
religiosa Catequista Franciscana faz um convite a que “abramos o nosso coração
para iniciarmos esta semana santa caminhando com Jesus que adentra a cidade de
Jerusalém, ali contemplaremos o mistério pascal, sua Paixão, Morte e Ressurreição”.
Analisando a passagem do Evangelho de Mateus 21, 1-11, a religiosa diz que “nos
conta o início deste caminhar, Jesus é aclamado pela multidão que, reconhecendo
sua realeza enfeitam o caminho com suas vestes e ramos de oliveiras gritando: ‘Hosana
ao filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor!’ Ao entrar em Jerusalém
a cidade se agita e começa a perguntar ‘Quem é este homem?’”.
“A
resposta a esta pergunta vamos encontrar nas leituras de Isaias, Filipenses e
na narração da paixão”, afirma a religiosa. Segundo ela, “em Isaías, já podemos ouvir o
servo sofredor, sua dor e fidelidade, a confiança num Deus que é auxiliador. E
o que dizer da Carta de São Paulo aos Filipenses, uma verdadeira descida a
essência de quem é este Jesus: convite ao esvaziamento, o assumir a condição
de servo, a humilhação, obediência até a morte de Cruz. Este é o Jesus que
é o Senhor. O servo obediente, o rei do jumentinho da paz e não dos cavalos de
guerra”.
Falando
do relato da Paixão, a Ir. Cidinha repara na frase: “Meus Deus, meu Deus,
porque me abandonaste?”, destacando que “a Palavra de Deus nos convida
neste domingo a um profundo silêncio, um silêncio necessário diante da morte
anunciada de um inocente; o silêncio para compreender a multidão que aclama que
Jesus é Rei e do esquema político que o leva a morte; o silêncio acolhedor de
um Jesus, o servo sofredor que é obediente ao pai, até o fim”.
A
religiosa destaca que “nesta semana vamos caminhar de forma orante com
Jesus, contemplando o seu rosto no rosto dos sofredores
de hoje: os povos
originários na luta e defesa da casa comum, imigrantes, famintos de pão,
mulheres vítima de tantas formas de violência, jovens sem estudo, trabalho ou
falta de sentido de vida, desempregados, refugiados, as vítimas da guerra...e
tantos outros e outras”. Ela pergunta: “Vamos buscar na realidade da nossa
comunidade, do nosso bairro, da nossa cidade, quem precisa de nós? Com quem
estou disposta a caminhar até o calvário?”
“Jesus,
encontrou no caminho da Paixão e da Cruz pessoas solidárias, Cirineu, Verônica,
Madalena, outras mulheres e Maria que não arredaram pé da Cruz, permaneceram
com ele até o fim. Somos convocadas por Jesus a não abandonar os sofredores
de hoje, precisamos permanecer firmes, não arredar pé, porque acreditamos
na vida, somos mulheres e homens da Ressurreição. Precisamos permanecer incansáveis, obedientes
ao pai, até a aurora da Ressurreição”, lembra a Ir. Cidinha.
Finalmente,
ela deseja “uma boa caminhada de fé para todos nós e nossas comunidades.
Que estejamos juntos, fortalecendo a fé, a esperança e o amor, fazendo a
travessia da morte para a vida, porque a morte é uma realidade, mas a Ressurreição
é nossa certeza!”.
Luis Miguel Modino, assessor de comunicação CNBB Norte1
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