Foi
encerrado neste domingo 24 de setembro de 2023 o Congresso Missionário
Regional Norte1, que desde sexta-feira 22 reuniu na Maromba de Manaus 80 representantes
das igrejas locais do Regional Norte1, contando com a presença do cardeal
Leonardo Steiner, arcebispo da arquidiocese de Manaus e presidente do Regional
Norte1, dom Adolfo Zon Pereira, bispo da diocese de Alto Solimões e
vice-presidente do Regional Norte1, dom Edson Damian, bispo da diocese de São
Gabriel da Cachoeira e referencial da dimensão missionária no Regional Norte1, dom
Evaristo Pascoal Spengler, bispo da diocese de Roraima, e dom José Altevir da
Silva, bispo da Prelazia de Tefé e secretário do Regional Norte1. Também estiveram
presentes a Ir. Regina da Costa Pedro, diretora das Pontifícias Obras
Missionárias (POM Brasil) e o padre Genilson Sousa, secretário da Pontifícia
Obra de Propagação da Fé no Brasil.
Um encontro
que em sua Carta Final destacou “a missionariedade, força que nos leva adiante,
desperta, aquece e envolve num movimento permanente de transbordamento na
missão divina”, insistindo em que “a missão é de Deus; por Jesus, o missionário
do Pai, somos envolvidos/as nela. Sua fonte é a Comunhão Trinitária”.
Os
participantes do Congresso destacaram que “o ponto de partida de onde se lança
o olhar e a sua vivência é a Igreja Local e seus desafios. Seu desenvolvimento
é um caminho trilhado por toda a vida exigindo a contínua conversão (das estruturas,
das relações de poder, da fria manutenção, da identidade) e superar as fixações
(em si mesmo, em paradigmas ultrapassados). O horizonte é sempre o Reino de
Deus”.
Com relação
à Amazônia, eles dizem visualizá-la “a partir do anúncio, da comunhão, do
serviço e do testemunho de muitas mulheres e homens com acentuado protagonismo
dos sujeitos eclesiais amazônidas”. O Congresso fez com que os participantes
tenham sido “instigados/as e desafiados/as a assumir a missionariedade como um
modo de viver nossa identidade com suas expressões concretas em perspectiva
sinodal: no cuidado e preservação da vida de todas as criaturas da Casa Comum;
no respeito às culturas; resgatando a encarnação, a proximidade das e com as pessoas
em suas realidades; a espiritualidade missionária; a dimensão libertadora,
profética e promotora da esperança; a corresponsabilidade pela vida e missão da
comunidade, em sua abrangência universal”.
Como
compromisso assumem se “deixar aquecer o coração com o calor do amor e da misericórdia
do Ressuscitado que nos inquieta, escandaliza e convoca para a missão; pôr os
pés a caminho para ir às nossas periferias e alargar as fronteiras de vivência
missionária até atingir os confins longe e perto (povos, culturas, situações
etc.); abrir os olhos para a defesa e promoção de toda a vida e da vida toda;
formar pequenas comunidades eclesiais missionárias; implantar e ampliar as
Pontifícias Obras Missionárias e os Conselhos Missionários (COMIDI, COMIPA, GAM)
intensificando a Campanha Missionária em todas as nossas Igrejas Locais”.
Afirmando
que “o Reino de Deus é o horizonte maior para onde caminhamos”, os congressistas
disseram que “atraídos/as por esse futuro/presente nos sentimos renovados,
(re)encantados e com o coração enamorado de amor por Deus, por seu Reino e por
seu povo. Da Igreja Local adentrando nas periferias, ultrapassando nossas
fronteiras até os confins de nossas realidades”.
Na
Eucaristia de encerramento, o arcebispo de Manaus, em sua homilia, insistiu em
que Deus nos procura, destacando no texto do Evangelho do dia “o modo de Deus”,
que segundo o cardeal Steiner é estar sempre à procura, estar sempre em saída. Ele
considera muito significativo que “Deus sempre esteja à nossa procura, e Deus vá
à procura através de nós. Quando nós anunciamos a Palavra de Deus, quando nós
procuramos viver a Palavra de Deus, quando nós formamos uma comunidade de fé é
um modo de Deus continuar as saídas”.
A partir
daí dom Leonardo fez um convite para que nossas comunidades pensem em fazer
como Deus faz, identificando a moeda de prata com o amor de Deus, a sua vida, o
seu modo, participar da sua vida, participar de seu amor, insistindo em que esse
é anúncio.
Refletindo
sobre a atitude dos trabalhadores da primeira hora, o cardeal destacou as
palavras da Primeira Leitura do dia: “os meus pensamentos não são os vossos
pensamentos, o meu modo não é o de vocês, o meu modo é da abundância, o meu
modo é da generosidade”. Ele pediu “que esse espírito da bondade de Deus nos
atinja, para sermos os comunicadores da bondade de Deus, para sermos os comunicadores
da esperança de um mundo melhor, de um mundo novo, fraterno, que é o mundo do
amor de Deus”.
Segundo o
presidente do Regional Norte1, “podemos realmente anunciar a Cristo, mas Cristo
Crucificado, Ressuscitado, Transformado, o Reino visibilizado”. Ele pediu que “nós
possamos ter o mesmo ideal, o mesmo desejo de São Paulo, que anuncia, anuncia, enfrenta
tudo, e no final, preso, ele ainda quer continuar anunciando. E se preciso for,
bem que desejava ir para junto de Jesus, mas se preciso for permanecer para
poder anunciar, pois que então possa minha vida continuar”.
Finalmente,
o cardeal disse: “que esses dias de encontro tenham despertar em nós ainda mais
o desejo da missão, tenham despertado em nós o desejo de anunciar o Reino de
Deus, possa ter despertado entre nós o sonho de Deus”, chamando a não desistir,
porque “Deus não desiste jamais”, pedindo que “sempre com disponibilidade e
alegria anunciemos a Jesus e seu Reino”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário