O cardeal
Leonardo Steiner, arcebispo de Manaus e presidente do Regional Norte1 da Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) presidiu a celebração da Eucaristia na
paróquia São Leonardo de Porto Maurizio na Acilia, sua paróquia em Roma.
O Santo
Padre encomenda a cada um dos cardeais eleitores, aqueles que têm menos de 80
anos, uma paróquia de Roma, sendo considerados o clero do Papa. O arcebispo de
Manaus, que é cardeal presbítero, lhe foi entregue essa paróquia, que fica na
periferia de Roma, em 27 de agosto de 2022, dia em que ele foi criado cardeal.
O purpurado
mostrou sua alegria e gratidão por poder presidir a Eucaristia e iniciou sua
homilia dizendo levar uma saudação da Arquidiocese de Manaus, “uma saudação de
quase mil comunidades, uma saudação de 70 mil indígenas que estão na
arquidiocese, uma saudação das nossas comunidades ribeirinhas, uma saudação das
nossas comunidades da cidade de Manaus, uma cidade de dois milhões e sessenta mil
habitantes, uma saudação das nossas comunidades da periferia, que são
comunidades novas, que agora estão iniciando suas comunidades com pessoas que
vem do interior procurando um modo de viver, saúde e educação, uma saudação de
todos”.
Dom
Leonardo lembrou a realização do Sínodo Arquidiocesano, quando as comunidades
da Arquidiocese de Manaus mostraram o que pensam, o que sonham para o futuro da
nossa Igreja, sendo escolhidas diversas linhas para a arquidiocese. Ele disse
estar participando da primeira sessão do Sínodo sobre a Sinodalidade, que
definiu como “um momento belíssimo, porque estamos sentados em torno a uma mesa
redonda”, lembrando que são 35 mesas onde estão irmãs, padres, leigos, bispos,
cardiais, “todos pensando em uma Igreja sinodal, onde todos nós estamos em
caminho, onde todos nós vamos buscando aos poucos o Reino definitivo, onde
todos nós pensemos o que fazer que todos possam participar da graça do
Evangelho”.
Segundo o
cardeal “aos poucos vamos chegar naquilo que quer o Papa Francisco, ser uma
Igreja sinodal, todos participando, todos anunciando, todos vivendo o Evangelho
de Jesus”. O arcebispo de Manaus destacou como “o Evangelho se encarna aos
poucos em diversas culturas”, algo que se faz presente nos grupos para o
discernimento, com presença de diversos países e continentes no mesmo grupo,
destacando a beleza que representa os diversos modos de pensar, de viver o Evangelho,
“mas todos com a força e a iluminação do Espírito que aponta o Reino de Deus”.
Analisando
as leituras da Liturgia da Palavra do 27º Domingo do Tempo Comum, o cardeal
Steiner destacou que a primeira leitura mostrava um sonho de amore, que se
transforma numa realidade e uma relação de amor. Já no Evangelho, ressaltou os
frutos que não deram, falando sobre os frutos que nascem da relação de Deus
conosco, o modo de Deus estar no meio de nós, em Jesus Cristo Crucificado. Um
texto que mostra que Deus quer que nós demos frutos porque Ele tem dado seu
amor em Jesus. Após destacar alguns elementos da segunda leitura, o cardeal
pediu que o Evangelho, que é um sonho amor, possa dar frutos de perdão, de
reconciliação, do amor, da justiça, da familiaridade, que esses dons e esses
frutos façam disfrutar da vida e experimentar o sabor da vida, que não é para
se tornar insuportável e sim para desfruta-la.
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