Uma
peregrinação para respirar o ar dos primeiros cristãos, que viviam uma
Igreja sinodal, pode ser considerada um dos objetivos da peregrinação que os
participantes da Assembleia Sinodal fizeram ao final dos trabalhos do segundo
módulo do Instrumentum Laboris.
Pacto das Catacumbas
Dom
Pasquale Iacobone, presidente da Pontifícia Comissão para a Arqueologia
Sagrada, que cuida das catacumbas, destacou a importância da visita para o
caminho sinodal. Não em vão, à importância do lugar nos primeiros séculos deve
ser acrescentada a profecia do lugar no Concílio Vaticano II, com o famoso Pacto
das Catacumbas, um avanço da Igreja pobre e para os pobres de Francisco, e
no Sínodo para a Amazônia, com o Pacto para o Cuidado da Casa Comum, outro
elemento fundamental no Magistério do atual pontífice.
As
Catacumbas, como destacou o presidente da Pontifícia Comissão para a
Arqueologia Sagrada, desempenharam um papel fundamental na Igreja primitiva, um
lugar de peregrinação ao qual as pessoas vinham de toda a Itália e do norte da
África para venerar Pedro e Paulo, um lugar localizado na estrada pela qual os
dois apóstolos chegaram à capital do Império. De acordo com a tradição, foi
nesse local que foi encontrada a primeira imagem da Concórdia de Pedro e
Paulo, na qual os dois apóstolos se abraçam.
Ajuda no caminho sinodal
Uma imagem
que assume um significado especial em uma Igreja sinodal, pois representa o caminho
comum de duas tradições cristãs que se reconciliam e, superando suas
diferenças, se abraçam e começam a caminhar juntas. Esses são testemunhos que
hoje podem iluminar o caminho da Igreja universal, algo que não é fácil nestes
tempos de polarização, tensões e divisões, e superar essa dinâmica é um dos
desafios da Igreja Sinodal.
Esse foi o
local onde milhares de cristãos foram sepultados nos primeiros séculos,
entre eles vários papas e centenas de mártires, sendo o local de sepultamento
de vários santos. Entre outros, São Sebastião, Sisto II, Santa Cecília, Nereu e
Aquiles. Essas vidas dedicadas são um verdadeiro testemunho para a Igreja,
também para a Igreja de hoje e para uma Igreja sinodal.
Tudo isso
foi colocado nas mãos de Deus em uma celebração na Basílica de São Sebastião,
presidida pelo Cardeal Hollerich, relator geral do Sínodo, na qual os
participantes do Sínodo foram chamados a confiar no Senhor, pedindo para assumir
a radicalidade de seguir o Senhor e que este momento de oração, como todos
os que estão sendo vividos no Sínodo, possa ser uma força para anunciar o
Evangelho hoje.
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